Créditos
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3ª Aula [22/11 a 28/11]
3ª Aula [22/11 a 28/11]
28
Outubro2012
CCM
59min
Entrei na sala e sentei-me na minha secretária, esperando um pouco até que todos entrassem e sentassem se nas suas cadeiras. Quando todos estavam sentados, levantei-me para lhes dar as boas vindas.
- Bom dia meninos
Andei pela sala a olhar para todos. Hoje seria uma aula puxada.
- Hoje iremos falar da mortalha-viva! Preciso que prestem muita atenção pois esta matéria é mais longa!
Parei á frente da turma, para começar a falar sobre esta criatura.
- A mortalha-viva é, felizmente, uma criatura rara, encontrada somente em climas tropicais. Lembra um manto negro de pouco mais de um centímetro de espessura (mais grosso quando acabou de matar e digerir uma vítima) que rasteja pelo chão durante a noite. A noticia mais antiga que se tem uma mortalha-viva foi descrita pelo bruxo Flávio Belby, que teve a sorte de sobreviver a um ataque desse animal em 1782 quando passava as férias em Papua, na Nova Guiné.
Fiz uma pausa para eles assentarem este bocado da matéria.
- Tudo bem até aqui? Ok... Agora olhem para o quadro, para a noticia de 1782.
Apontei a minha varinha ao quadro negro e ele virou-se, apresentando a noticia.
"Por volta de uma hora da manhã, quando eu começava finalmente a me sentir sonolento, ouvi um farfalhar muito próximo. Acreditando que eram apenas as folhas da árvore lá fora, mudei de posição na cama, deixando as costas viradas para a janela, e avistei o que pareceu ser uma sombra disforme deslizando pela porta do meu quarto. Fiquei parado, tentando sonolentamente adivinhar o que produzia tal sombra em um quarto iluminado apenas pelo luar. Sem dúvida a minha imobilidade levou a mortalha-viva a acreditar que sua vítima potencial estava adormecida.
Para meu horror, a sombra começou a subir sorrateiramente em minha cama, e senti o seu peso leve sobre mim. Parecia apenas um manto preto ondulante, suas pontas farfalhavam levemente enquanto ela avançava para mim. Paralisado de medo, senti o seu toque úmido no meu queixo antes de me sentar com um movimento brusco.
A coisa tentou me sufocar, subindo inexoravelmente pelo meu rosto, tampando minha boca e as narinas, mas eu continuei a me debater, sentindo o tempo todo a sua friagem envolvente sobre mim. Incapaz de pedir socorro, tateei à procura da minha varinha. Tonto porque a coisa se colava ao meu rosto, incapaz de inspirar concentrei todas as minhas forças para lhe lançar um Feitiço Estuporante, e então, como este não fosse suficiente para dominar a criatura, emborativesse aberto um buraco na porta do meu quarto - tentei uma Azaração de Impedimento, que também de nada adiantou. Ainda me debatendo como um louco, me virei de lado e caí pesadamente no chão, agora envolto pela mortalha."
Deixei eles lerem e encosteui-me á minha secretária cansada das pernas. Ainda não estava a 100% do acidente.
- Muito bem... Vou continuar...
Apontei novamente a varinha e apareceu apareceu outro texto, a continuação da materia.
Conforme Belby revela tão dramaticamente, o Patrono é o único feitiço conhecido para repelir uma mortalha-viva. Mas, uma vez que ela sempre ataca pessoas adormecidas, suas vítimas raramente têm chance de usar a magia para se defender. Depois que a presa foi sufocada, o animal a digere ali mesmo na cama. Sai então da casa ligeiramente mais grossa e gorda do que entrou, sem deixar para trás o menor vestígio de si ou de sua vítima.
É quase impossível calcular o número de vítimas da mortalha-viva porque ela não deixa pistas de sua passagem. Mais fácil será calcular o número de bruxos que visando a objetivos inescrupulosos fingiram ter sido mortos por esses mantos letais. O exemplo mais recente dessa duplicidade ocorreu em 1973, quando o bruxo Jano Thickey desapareceu, deixando apenas um bilhete escrito, às pressas, na mesa-de-cabeceira: "Ah, não, uma mortalha-viva me pegou, estou sufocando". Convencidos pela cama vazia e imaculada que aquele animal realmente tivesse matado Jano, sua mulher e seus filhos iniciaram um período de luto rigoroso que foi bruscamente interrompido quando descobriram que Jano estava vivendo a oitenta quilômetros de distância com a proprietária do Dragão Verde.
É também conhecida como manto letal.
Olhei para o relogio da parede e reparei que faltava menos de 5 minutos para tocar.
- Só vos quero dizer que teremos só mais uma aula antes de exame, devido ao facto de eu, por motivos pessoais, não ter podido dar-vos a ultima aula... Para o exame deverá sair pelo MENOS uma pergunta sobre cada criatura que demos. E lembrem-se, o exame vale mais de metade da vossa nota deste ano. Vá Portem-se bem e saiam
Re: 3ª Aula [22/11 a 28/11]
Disse quando entrei na sala e sentei-me na mesa do costume. Conforme o texto aparecia eu ia tirando apontamentos. Estava quase na altura dos exames outra vez. Porra. o.o
Re: 3ª Aula [22/11 a 28/11]
- Bom dia, professora - sorri-lhe e fiquei calada a ouvir o que ela dizia. Achei a notícia um bocado macabra, mas ainda assim interessante o.o
Comecei a tirar apontamentos e depois fiquei com dúvidas sobre aquele ser chamado mortalha.. Se era um manto então parecia-se com um Dementor, certo? Levantei a mão para saberem que eu queria falar e depois comecei:
- Stora, a mortalha-viva é algum dementor? Ou parecido com este? - fiquei um bocado com receio de estar a perguntar algum disparate, mas como quem não sabe pergunta, eu estava a fazer o meu dever.
Re: 3ª Aula [22/11 a 28/11]
- Uiii que isso
Quando me levantei percebi que tinha sentado no colo de uma de minhas colegas, escorreguei para a cadeira do lado com a cara mais vermelha que um tomate
- Ahh já estamos chegando ao exame???
Ohh céus eu não estava preparada para isto, não mesmo -.-
Anotei a aula que a professora ia dando, mas com a cabeça em provas, e em provas, e em...mais provas -.-
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