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Primeira Prova - A Terra

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Primeira Prova - A Terra Empty Primeira Prova - A Terra

Mensagem por Escola de Magia PT Seg 01 Jul 2013, 11:50

Prova da Terra
Tem de ser postado, obrigatóriamente no dia 8 de Julho. Nem antes nem depois.
A Descrição da Arena

O ambiente inicial desta fase é uma densa floresta cheia de Erklings, que ao tocarem a sua música todos ao mesmo tempo e misturando os seus risos, irão tentar disnortear o concorrente e fazê-lo cair dum penhasco.
O objetivo é sair da floresta e chegar à Falésia Invertida. A Falésia Invertida é um enorme monte íngreme, com pedras soltas e escarpado. Na sua base existem várias rochas suficientemente grandes para transportarem um ser-humano com o feitiço correto. No topo do cume existe uma árvore enorme caída e podre com dois Hinkypunk à frente.
O percurso até eles está armadilhado, com várias pedras e com uma forte corrente de ar, levantando o pó e dificultando a visão, mas existe um Kappa que possuí o mapa com as diferentes armadilhas existentes.
Nesse percurso existem Diabretes da Cornualha que retiram do solo Mandrágoras jovens para ensurdecer o concorrente. Chegando aos dois Hinkypunk, cada um com uma poção (azul-claro e vermelho-escuro), é necessário resolver o enigma e cada concorrente tem direito a duas perguntas:

“ Um de nós mente
Outro a verdade diz
Duas poções temos
E são estes os termos:

Qualquer poção
Para a outra fase irás
Mas a verdadeira questão
É se a certa escolherás ”


Pontos a Observar
- Existem duas mochilas com mantimentos. Uma permanece pendurada numa árvore baixa, rodeada de Erklings. A outra permanece encostada a um corno de Erumperente
- Existem quatro garrafas de água ao dispor dos concorrentes a 750 metros de distância no sentido Norte do ponto de partida;
- Como é que o concorrente trata os Erklings;
- Como é que o concorrente sobe a Falésia Invertida;
- Como é que o concorrente trata o Kappa;
- Como é que o concorrente trata os Diabretes da Cornualha;
- Existe um mapa com a localização das armadilhas, guardado por um kappa;
- Para passar pode-se beber uma poção qualquer, mas apenas ganha pontos na avaliação se escolher a correta (Vermelho- escuro).

Conteúdo das duas Mochilas:
- 4 barras energéticas;
- Gaze;
- 4 fisgas
- 4 frascos com pequeninas bolas, cheias de um pó que causa irritação e espirros;


Nota dos Jurados: Cuidado como o template que usam (não interessa se usam ou não, só não queremos é letras pequenas) e com o português. Descrevam tudo o que conseguem. Boa sorte.
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Mensagem por Tiago Azevedo Seg 08 Jul 2013, 08:46


The Greatest Moment Of Your Life Has Arrived...

...Don't Blow It


Era agora ou nunca. O meu pai morreu. A Selena morreu. Mas o Rodrigo está vivo. A minha fonte de vida encontra-se nele, e estará sempre nele. Estava em casa a preparar-me para o Torneio Quadri-Feitiçeiro e lembrei-me das palavras do meu pai... As últimas que ele me disse "Filho, acredita que podes ganhar o Torneio… tenho total confiança em ti. Eu sei quem tu és, e lá por seres um Hufflepuff mostra que tens sangue Azevedo no sangue, e que consegues fazer tudo o que qualquer feiticeiro dotado consegue fazer. Tu és capaz, só tens que acreditar em ti!" Tudo isto tinha acabado comigo, mas aguentei e não vou ceder. Eu sou um Azevedo e sempre serei corajoso apesar de que a minha equipa mostre que sou diferente disso.
Fui ter com o Groffen e disse-lhe para cuidar bem do Rodrigo no tempo em que eu estarei fora para a primeira prova do Torneio Quadri-Feitiçeiro. Tudo isto podia parecer fácil para quem estava fácil, mas não era nada disso. Fui ao andar de cima e vi que o Rodrigo estava a dormir no chão... Põe-se a brincar com os brinquedos e depois adormece. Aquele bebé podia não ser meu filho de sangue mas de coração nunca deixaria de ser. Peguei nele e deitei-o no berço. Dei-lhe um beijo na testa e deixei-o a dormir. Saí sorrateiramente do seu quarto e dirigi-me até á porta da casa. Respirei fundo, e olhei para fora e vi que tudo estava igual. Tudo estava igual, menos eu!! Estava a começar a ficar quente e a tremer ligeiramente. Dirigi-me para fora e fui para a escola acompanhado de um auror que tinha aparecido para me guiar até á Arena do Torneio. Ia observando cada recanto pela última vez neste dia. Este dia que podia ser o último dia de todos os dias. Mas era melhor não pensar nessa possibilidade. Aproveitei a pequena viagem para descansar um pouco, e pensar um bocado na estratégia que tentaria usar!
Assim que chegamos á escola parámos e ele foi conversar com outros Auror's para se certificar que estava tudo bem. Chegou á minha beira e disse:
- É agora! Acompanha-me!
- Muito bem, vou atrás de si.

A minha vontade agora era começar a correr... Era muita pressão, que até acho que estar num palco deveria ser mais fácil. Mas… decidi encarar a situação de frente e enquanto nos dirigia-mos para a arena ia a cantarolar a canção que cantei no Baile de Halloween. Sorria e encontrei algumas pessoas que conhecia e sorri-lhe acenando-lhes e eles desejaram-me boa sorte. Sei que isto não é nada de demasiado perigoso, mas mesmo assim... Era o único rapaz e um dos mais novos. Mas mesmo assim isto seria mais um desafio e teria que o conseguir passar com extrema coragem e dignidade! Nós Hufflepuffs somos os mais chegados aos Gryffindors, e os Ravenclaws são mais chegados aos Slytherins, no meu parecer. Os Hufflepuffs são corajosos como os Gryffindor, talvez menos um pouco, mas somos mais conhecidos pela nossa gentileza, porque temos o dever de defender os planos da nossa fundadora, a qual nos aconchegou porque somos os chamados "Underdogs", ou seja, os que sobram, os mais fracos... Mas a prova de hoje seria para provar que os Hufflepuffs não são assim tão fracos! Somos iguais, ou melhores que os outros mas não nos revelamos. Ri-me com este pensamento mas parei logo porque o auror que me acompanhava ficou a olhar para mim com cara de totó. Vi que tinha muitos visitantes para nos ver a competir enquanto eles comiam pipocas ou Feijões de Todos os Sabores -.- Acenei pela última vez a um colega meu dos Hufflepuff, que não sabia se iria torcer por mim mas tudo bem. Não sei quem iria torcer por mim mas na minha cabeça, comecei por dar prioridade a não morrer e depois os apoiantes que estão em 86213896 posição! Não é que eu não me importasse, porque é sempre importante ter alguém que nos apoie, mas aqueles que queria que me apoiassem morreram, ou não sabem falar como o Rodrigo, o que é estranho porque supostamente já o devia saber fazer perfeitamente!
Quando dei por mim estava a entrar na arena e sabia que tudo podia vir dali mas deveria ter algo a ver com Terra, o primeiro elemento, e só por curiosidade é o meu elemento, o elemento dos Hufflepuff!! Mas não me podia achar com muitas vantagens porque as outras marmelas ainda me apanhavam com um pedregulho na cabeça e ser ou não Hufflepuff não ia ajudar! Inspiro e entro na arena e avisto uma floresta, sim era de esperar, era uma floresta extremamente densa com árvores e arbustos por todo o lado e vi as outras concorrentes. Pelos Ravenclaw temos a filha da professora mais fixe da escola, Sofia Redbird Malfoy, Zoey Redbird Malfoy!! Uma menina loira e linda que pode não ser assim tão linda por dentro o.O Depois pelos Gryffindor temos a Charlotte Lovato, que acabou este ano o 5º ano O.O Uma rapariga de cabelo castanho que tinha também um filho, pronto aqui temos os dois um ponto a menos em relação aos outros.... Depois temos pelos Slytherin a Alexis Mars, que esteve no 1º ano este ano!! Não faço ideia se passou, não faço ideia se EU passei!!
A única rapariga com que penso que posso ter mais possibilidades é a Alexis e mesmo assim o.O Olho em frente e quando soa um canhão que dá inicio ao Torneio começo a correr para dentro da Floresta o mais rápido que consigo, não me cansando quase nada porque os treinos do Átila afinal estão a resultar!! Assim que entrei na Floresta agachei-me atrás de uns arbustos para que ninguém me visse e recuperei as forças que me faltavam, apesar de serem poucas eram sempre precisas.
Não sei de onde ouvi uma risada, e olhei para trás não fosse uma das concorrentes que estava num daqueles dias e que estava prestes para me matar, mas depois comecei a ouvir uma música e fiquei com uma cara estranha o.O De onde raio é que vinha este som? Começou cada vez a ser mais intenso, e mais, e mais, e mais! Até que os meus ouvidos quase explodiam. Levantei-me e comecei a cambalear de um lado para o outro, estava tonto e não posso dizer que estivesse habituado a essas experiências porque estou sempre sóbrio, a não ser que ande a beber enquanto durmo, mas não quero pensar nessa opção.
Será que só está a acontecer isto comigo ou as outras concorrentes são mais resistentes que eu! Pensa Tiago pensa, pensa, pensa, pensa… nos livros quais são as criaturas que conseguem fazer isto... Como estava muito tonto dificultava a procura mental nos livros mas disse a gritar porque não me consegui calar -.-
- ERKLINGS!!!!!!!!
Era isso são Erklings, seres feitos de madeiras/árvores e que trazem sempre consigo a sua flauta, e não quero pensar na opção de eles todos, pensando que são muitos, a atirar-me as suas flautas porque vai ser doloroso. Os Erklings não param de rir um momento, são muito perigosos mas houveram pessoas que os conseguiram domesticar. São assemelhados aos Doxys, mas são marrons e com características arbóreas.
Segundo o meu livro mental, sim porque eu estudei para o Torneio, se considerarmos a periculosidade, ou seja, a qualidade de alguma coisa que oferece perigo, do Erkling de 0 a 10... existem Erklings que são considerados de nível 1, mas existem outros do nível 10, isto considerando que eles atiram as suas flautas o.O
- Filipendo!!
Este era um feitiço do género Jinx, que é um género de magia relacionada com a magia negra, mas que é aprendida na escola. Eu lembro-me de ter visto este feitiço numas páginas de alguns livros da biblioteca mas nunca o tinha realmente utilizado por isso ele não surtiu grande efeito quando eu o apontei a um dos que Erklings que se estava a aproximar.
Ganho confiança e aponto-lhe a varinha e digo:
- Impedimenta!!
O Feitiço acertou o Erkling em questão e fez c0m que ele parasse exatamente no momento em que o feitiço lhe acertou, mas passado algum tempo ele começou a atacar-me outra vez e foi aí que entrei em estado de pânico!!
- AH!!!!!!!!!
Começei a correr numa direção qualquer até que cheguei a uma ávore que continha uma mochila. E esta dita cuja árvore estava rodeada de mais Erklings, então decidi tentar pela última vez -.-'
- Filipendo!!
Um dos Erklings foi atirado para trás e sorri e começei a fazer uma dança estúpida mas vi que eles estavam a vir na minha direção por isso continuei:
- Filipendo!!
Ia acertando nos Erklings todos mas isto não era suficiente tinha que os destruir então lembrei-me de uma derivação do Filipendo, mas que iria requerer muita da minha energia. Respirei fundo apontei a varinha a dois dos Erklings e disse:
- FILIPENDO DUO!!!!!!!!!
O feitiço saiu da minha varinha e caí no chão porque os meus joelhos falharam mas o feitiço resultou, os Erklings foram empurrados para trás com tanta força que foram destruídos.
- Ah, e agora quem tem vantagem cambada de madeira?
Ri-me mas tive que sair do lugar onde estava porque ia levar com uma flauta na cabeça -.-
- Protego!!
A flauta foi contra o o Erkling que ma atirou e o feitiço virou-se contra o feitiçeiro, neste caso a criatura... e descobri que ao enervá-los eles atirariam as suas flautas e acabariam por se destruir se conjugasse o feitiço no momento certo!!
Assim que as flautas chegavam a uma certa distância de mim conjugava:
- Protego!!!
O feitiço protegia-me e repelia as flautas que iam contra os Erklings já danificados e acabava por os destruir. Quando finalmente consegui fazer tudo apontei a varinha para qualquer lugar, que foi para o céu, e sairam faiscas....
- UPS!!!
Saí logo do local pegando na mochila que estava naquela árvore baixa. Assim que cheguei a um certo ponto da Floresta vi mais Erklings e fugi na direção que pensava não haver até que fui dar a um penhasco... Olhei para baixo e vi que era impossível descer por isso foi atirando á sorte tentando acertar num deles para não cair do penhasco abaixo, o que ia ser um experiência libertadora e.... mortífera O.O
- Stupefy!!!
Acertou num Erkling que foi destruído mas se os Erklings são de madeira a única maneira de os destruir verdadeiramente é o fogo... fogo O.O como é que eu vou fazer fogo? o.O Sabia um feitiço mas ia incendiar a floresta toda por isso é melhor não o.O
- Lacarnum Inflammare!!!!!!!
Disse a um dos Erklings que começou a arder instantaneamente!! Isto é incrivel... Sorri maliciosamente para mais alguns Erklings que começaram a cantar e a rir outra vez mas que desta vez já não me conseguiram pôr tonto.
Continuei a dizer o feitiço até que todos os Erklings foram queimados e reduzidos a pó. Com a mochila ás costas sentei-me numa pedra, já longe do penhasco mas nada dentro da floresta!! Abri a mochila que tinha conseguido apanhar e observei o seu interior e fui tirando as coisas de lá de dentro para ver o que tinha ganho depois desta trabalheira toda..... Tirei 4 barras energéticas.... Sim isto seria bastante preciso porque eu já estou a ficar com fome o.O Depois tirei Gaze... também pode ser preciso se me aleijar, valeu a pena para já!! Tirei 4 fisgas, sim, pode ser preciso!! E por último uns 4 frascos com pequeninas bolas que vim a concluir depois que estavam cheias que pó que causa irritação e espirros, não sei para que é isto vai servir o.O
Levantei-me e continuei a andar até sair da Floresta que estava completamente silenciosa, o que era de estranhar. Peguei numa das barras energéticas e comi-a porque estava a ficar com fome. Continuei a andar e vi uma Falésia Invertida, a qual tinha a base maior que a sua parte de cima conhecida por ser o ponto do suícidio, onde os humanos se matavam com bastante frequência!!
Olhei para o chão e vi algumas pedras muito grandes e a falésia era demasiado invertida para a subir por isso berrei e queria lá saber se alguém me ouvir -.-
- AHHHHHHHHHHHHH!! COMO RAIO É QUE EU VOU PASSAR ISTO -.-
Sorri e ri-me com o meu comentário e fiquei a pensar como é que eu ia subir o diabo da Falésia, e continuei a olhar para as pedras que pareciam grandes o suficiente para transportar um ser humano, mas com que feitiço?
Tentei, apontando a varinha a uma pedra que parecia suficiente para mim:
- Wingardium Leviosa!!
Quase que gritei o feitiço para que tivesse força o suficiente para me transportar!! A pedra á qual tinha apontado a minha varinha e a pedra começou a levantar e fiz uma cara de estúpido enquanto levantava a varinha e quando dei por mim estava quase a pô-la no topo da falésia -.- Fiz um leve movimento com a varinha e a pedra caiu no chão e atirou-me para o chão, porque caiu demasiado perto de mim, e partiu -.-
- Oh, não!! Só podes estar a gozar comigo!!
Fiquei pasmado a olhar para a pedra mas segui para a seguinte, apontei-lhe a varinha e disse:
- Wingardium Leviosa!!
Supos que a pedra ia levitar mas isso não aconteceu!! Cada vez estava mais pasmado com esta situação porque era de pasmar.... Olhei para a varinha e fiz-lhe um sinal de desprezo, acabando por tentar de novo mas desta vez dizendo com mais confiança...
- Wingardium....
Vi que estava um Erkling atrás de mim e desta vez agi rápido dizendo, enquanto lhe apontava a varinha rapidamente:
- Lacarnum Inflammare!!!!!!!
Sorri quando ele entrou em estado de fusão, digamos, porque começou a arder e quando morreu definitivamente  fogo estava a alastra-se ao resto do local
- Glacius!!
O local ficou congelado, acabando por travar o avanço das chamas que se apagaram. Sorri e voltei a tentar o feitiço que tinha sido interrompido por causa daquele Erkling intrometido. Apontei a varinha á pedra que tinha pensado tentar á um pouco e disse:
- Wingardium Leviosa!!
A pedra começou a levitar apenas um pouco, e depois reuni as minhas forças naquela pedra e ela começou a levitar mais rapidamente e saltei para cima da mesma para não acontecer o mesmo que a outra. Enquanto subia apontava a varinha á pedra e continuava a por toda a minha energia na pedra até que consegui chegar ao topo da falésia e saltei para a mesma, deixando que a pedra caísse e imaginei que não queria ser eu a pedra o.O Ia avançando e começei a sentir um brisa que foi refrescante. Mas apartir desse momento deixou de ser apenas um brisa e quase que cedi nos joelhos com a força do vento. Pus me de cócoras e caminhei devagar para me segurar, apesar de ter caído duas vezes. Assim que avistei um lago não vi mais nada porque o vento começou a fazer demasiado pó e dificultou-me a visão, mas agora já sabia onde era. Assim que lá cheguei avistei uma criatura que se assemelhava a um macaco, mas tinha uma pequena depressão em cima da sua cabeça. Depois desta ligeira descrição cheguei á conclusão que era um Kappa e sorri, de orelha a orelha, porque sabia como o tratar e também porque o vi com um mapa na mão e isso poderia ser a minha salvação agora. Haviam duas soluções, uma era dar-lhe um pepino, coisa que eu não tinha aqui... a outra era fazer uma vénia e ele fazer o mesmo. Ao fazer a vénia verteria a água que tem na depressão, e essa água é a sua fonte de força. O único problema é que ele tinha fama de beber sangue de humanos e isso foi um ponto que temi, porque supostamente não vim para aqui para morrer, e sim para continuar bem vivo... Cheguei-me perto dele e com uma cara séria fiz uma leve vénia, muito devagar e tentando não mostrar a minha insegurança para com ele. Assim que ele fez a vénia a água escorreu-se-lhe da cabeça e sorri na minha cabeça chegando perto dele e tirando-lhe o mapa.
Abri-o e não sabia o que é que era, mas cheguei á conclusão que seriam as armadilhas daquele percurso. A próxima armadilha era daqui a aproximadamente 5 metros e era um pequeno local com areias movediças.
Cheguei perto do mesmo, mas quase não conseguia ver nada com toda aquela ventania e poeira, mas vi algumas pedras e fui saltando nelas para não cair, mas o problema é que elas cediam quando eu as largava como se fosse uma mina. Então tinha que ser muito cauteloso na passagem das mesmas. Cheguei ao outro lado, passando algumas mais facilmente que outras, porque cheguei quase a cair 3 vezes -.- Mas consegui manter-me com equilibrio dificilmente, mas consegui. Olhei de novo para o mapa e vi que havia uma poça mais á frente!! Fui caminhando e não reparei que já estava nela e molhei-me todo -.- Peguei na varinha e fiz um movimento com a mesma percorrendo o corpo na intenção de me secar, isso quando saí da poça. Agora que estava limpo olhei de novo para o mapa e vi criaturas estranhas então como não sabia o que eram segui em frente com a varinha e quando avanço um pouco ouço um barulho. Olhei instantaneamente para o lado, e vi uma criatura azul, com no máximo 30 cm. Vi-a meter as pequenas mãos no chão e sabia que dali vinha asneira, e com todas estas drescições cheguei á conclusão que eram Diabretes da Cornualha e com tudo isso apontei a varinha ao dibarete e disse:
- Peskipiksi Pesternomi!!
O Diabrete da Cornualha desapareceu deixando aquilo que estava no chão, por isso disse:
- Ah, e agora. Estás com medo, é? Então é para tu veres -.- Agora deixa me ver o que raio é que tinhas aí o.O
Fui até ao local onde ele estava e vi que o que ele tinha lá era Mandrágora!! Eu não quero ficar surdo hoje por isso decidi sair dali, mas no momento em que dei um passo vi os outros Diabretes por isso apontando a varinha a um deles, e fazendo isto várias vezes para os outros digo:
- Rictusempra!!
Assim que vejo que todos estão parados começo a correr na única direção possível mas quando olho para a frente vejo uma Mandrágora a voar e tapo logo os ouvidos para não ouvir, mas ganho coragem e digo rapidamente, apontando-lhe a varinha:
- Reducto!!
A mandrágora foi desfeita em pedaços e apontei a varinha ao último Diabrete e disse:
- Peskipiksi Pesternomi!!
O Diabrete voltou para o meio das árvores e eu sorri. Tinha quase conseguido. Olhando para o mapa esta era a última armadilha e por isso continuei o caminho tranquilo até chegar a uma árvore podre e velha, mas muito grande. Enquanto caminhava comi outra barra energética para ganhar energia para esta parte, e também porque tinha fome -.-
Cheguei mais perto do tronco e vi dois Hinkypunks, mas pareciam inofensivos e estavam cada um com uma poção. Falaram um género de enigma, e obviamente tinha que escolher uma poção o.o Uma azul-claro e outra vermelho-escuro.
- Não -.- Ainda tenho que pensar -.-
Vou fazer uma estratégia, qual era a equipa das pessoas mais importantes da tua vida? Gryffindor!! Ainda te falta meios para escolher a cor -.-
- Tu aí quero essa -.-
Falo para o Hinkypunk que tinha a poção vermelha. Ele dá me a poção e tiro a tampa do frasco e bebo-a. Pronto tinha acabado! Finalmente!
Quando acabei de beber toda a poção fui teletransportado para a arena a seguir! Só esperava conseguir uma boa pontuação nesta prova!



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Primeira Prova - A Terra Empty Re: Primeira Prova - A Terra

Mensagem por Alexis S. Mars Seg 08 Jul 2013, 13:24


Torneio Quadri-Feiticeiro

Tinha estado às volta na tenda. De um lado para o outro devido ao nervosismo. E só conseguia pensar no meu irmão e como seria bom ele estar ali para me acalmar. Era o único que sabia como o fazer.
- Alexis, prepara-te está quase na tua vez. - disse um funcionário quando à porta da atenda.
- Obrigada. - respondi-lhe ele foi-se embora. Respirei fundo e fiz o meu caminho até à arena.
Assim que entrei, ouvi várias vozes e gritos. Olhei para a bancada dos Slytherin, e vi lá algumas caras conhecidas, uma delas era a de Scott. Afinal sempre cumpriu com a promessa e esbocei um leve sorriso. Quando olhei em redor da arena vi que estavam lá os restante concorrentes. Eram duas raparigas, a Zoey Redbird Malfoy pelos Ravenclaw e a Charlotte Lovato pelos Gryffindor e pelos Hufflepuff era o Tiago Azevedo, dos três era o único com quem tinha falado. Mas quem tinha mais hipóteses não fazia a mínima ideia.
Entretanto ouvi um espécie de estrondo. Era sinal que devia de começar a prova e foi o que fiz.
Quando olhei direito vi que estava em frente a uma enorme e densa floresta. "Ora bem, sempre me disseram que em frente é o caminho.", pensei e fui sempre em frente e quando dou por mim estava no meio da floresta a ouvir uma música e uns risos.
- Mas que.... - A música começava a intensificar-se e os risos juntamente com ela. Olhei em redor na esperança de ver o que estava a provocar isso, mas como não vi nada continuei o meu caminho. Até que comecei a ver tudo a andar à roda, e ouvia aqueles sons muito mais próximos. Sentia-me completamente desorientada e parecia que podia cair para o lado a qualquer momento. Desesperada utilizei o feitiço Abaffiato, em mim própria na esperança que este funcionasse.  Assim que acabei de prenunciar o feitiço vi umas criaturas perto de umas árvores, pareciam ser Erklings.
- Funciona. - disse, sem me conseguir ouvir e sem ouvir a música e os risos dos Erklings. Ouvia simplesmente um zumbido, era algo com que conseguia viver, mas começava a irritar-me por isso comecei a correr sempre em frente. Quando comecei a ver o final da floresta, vi também uma espécie de montanha.
- A sério, uma falésia?! - disse para o ar, assim que cheguei perto dela. Era simplesmente enorme e impossível de escalar. "Será que há alguma vassoura por aqui?".
- Accio vassoura. - disse quando acabei aquele pensamento, e esperei que viesse uma vassoura. Mas sem resultado nenhum, por isso tinha de ver outra forma de a subir. Olhei em meu redor e vi uma pedras, que eram grandes o suficiente para me levarem lá em cima. Mas faltava-me o feitiço. Comecei a andar de um lado para o outro a pensar num feitiço. Mas continuava sempre a ouvir um zumbido...
- Boa Alexis. - disse sem me conseguir ouvir e rapidamente disse o contra-feitiço de Abaffiato e o zumbido desapareceu e a minha capacidade de audição voltou. - O feitiço, qual é o feitiço?! - continuava a andar de um lado para o outro sem sucesso nenhum. Até que o meu cérebro decidiu contribuir para a prova e lembrei o feitiço Portus. Estava quase a lançar o feitiço.
- Preciso da autorização do ministério, mas agora não me dá muito jeito esperar, por isso cérebro PENSA!
Depois de andar outra vez para trás e para a frente "o Mobiliarbus!!", estava quase a dizer o feitiço quando me lembrei que este só dá para árvores e plantas e rapidamente lembrei-me de outro.
Coloquei-me em cima de uma rocha e pronunciei o feitiço.
- Locomotion. - disse ao mesmo tempo que fazia um movimento simples com a varinha e senti a rocha a "descolar" da terra com força, o que me fez perde o equilíbrio por uns momentos e foi quando caía em cima da rocha, mas esta estava coberta de musgo o que me fez escorregar e no último momento agarrei-me a uma parte da rocha com toda a minha força. Olhei para baixo na esperança de ainda estar perto do solo, e assim puder saltar sem me aleijar. Mas isso era impossível, a rocha já tinha subido uma grande distancia e continuava a subir. Respirei fundo e obriguei-me a puxar-me para cima. Estava a tremer de tanta força que estava a fazer, mas consegui colocar o cotovelo em cima da rocha e puxei-me ainda com mais força e agarrava-me a tudo o que podia e conseguia e finalmente consegui estar em segurança, mas continuei sentada, pelo sim e pelo não enquanto esta ainda subia.
Quando cheguei ao cimo da falésia, com um movimento da varinha a rocha seguiu até ao solo e com outro movimento da varinha esta pousou com um estrondo. Levantei-me rapidamente, saí de cima da rocha e dei uns passos até que parei para ver o que me esperava.
Conseguia ver uma grande árvore caída no chão e parecia estar lá há algum tempo, pelo estado em que estava e parecia que estava lá alguém, por isso decidi ir até lá. Estava a andar há uns minutos, e o ar o estava a mudar rapidamente, estava cada vez mais vento e isso fazia com que imenso pó se levantasse e eu não conseguia ver nada. Por muito que colocasse o braço há frente não conseguia ver nada e o solo estava a ficar cada vez mais irregular, o que me fazia tropeçar a cada passo que dava. E quanto mais andava pior ficava, até que caí. No momento do impacto ouviu-se um splash e imediatamente senti o meu corpo todo molhado. Coloquei-me de pé rapidamente e vi que a água me dava pela cintura. Olhei me meu redor e vi um pequenino lago, só mesmo quem caísse é que podia reparar nele. Pensei que fosse mais uma das armadilhas da prova e quando estava pronta para sair do lago reparei que estava lá uma criatura distraída, parecia estar a comer. "É um Kappa! E agora?" Tentei não fazer nenhum movimento enquanto pensava no que fazer e tentar lembrar do que sabia sobre Kappas. "Ora bem, são carnívoros. E para os vencer eles têm de derrubar a água que têm armazenada na cabeça."
- Levicorpus! - disse enquanto fazia um movimento leve com a varinha apontada para o Kappa. O feitiço "prendeu" o Kappa pelo tornozelo lo e levitou-o o que fez com a água que ele tinha armazenada na cabeça caísse e assim enfraquecendo-o. Com outro movimento da varinha fiz com que o Kappa fosse para bem longe dali e assim podendo sair dali em segurança. Mas quando estava a sair do lago reparei num papel em cima duma rocha, fui lá, peguei nele.  
- É um mapa! - olhei para ele e comecei a olhar em volta para ver onde estava no mapa. Assim que encontrei o lago no mapa segui o caminho que lá estava. Mas quando cheguei a uma parte do caminho vi de longe Diabretes da Cornualha e já sabia era mais uma armadilha, mas daquela não tinha como escapar. Por isso decidi ir frente com a varinha pronta e com o feitiço Petrificus Totalis pronto a ser pronunciado. E no instante que me aproximei deles, estes começaram a puxar Mandrágoras jovens e com isso vieram os gritos ensurdeceres delas.
- Petrificus Totalis! - disse e os Diabretes da Cornualha caíram no chão juntamente e as Mandrágoras deixaram de berrar.
Quando dei por mim estava em frente há enorme árvore. Em frente a ela estavam duas criaturas que me pareciam Hinkypunks. "E agora? Sempre me disseram para me afastar deles... Mas eles parecem estar a chamarem-me..." Decidi ir ter com eles, mas com a varinha sempre pronta.
Assim que cheguei lá um deles disse:
- "Um de nós mente
Outro a verdade diz
Duas poções temos
E são estes os termos:

Qualquer poção
Para a outra fase irás
Mas a verdadeira questão
É se a certa escolherás" - disse o que tinha a poção azul claro.
- E tens direito a duas perguntas. - disse o outro que tinha uma poção vermelho-escuro.
Pensei bem no assunto, e sobre as perguntas que iria fazer.
- Se beber a errada, posso morrer? - perguntei
- Terás de beber para saber. - respondeu-me.
"Porque é que eu já estava à espera de uma resposta daquelas?!" Decidi não fazer a segunda pergunta, já sabia que me iam responder com enigmas, por isso fui à sorte.
- Quero a vermelha, por favor. - disse-lhe e entregou-ma e rapidamente a bebi. Assim que a acabei de beber senti uma sensação estranha e  quando dei por mim, já não estava em frente há árvore mas sim na tenda.
- Pelo menos não morri. - disse e sentei-me em cima da uma mesa que lá estava, e esperei até recuperar as forças. Estava demasiado cansada para ir até ao dormitório.

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Primeira Prova - A Terra Empty Re: Primeira Prova - A Terra

Mensagem por Convidado Seg 08 Jul 2013, 19:51





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Zoey R. Malfoy - Campeã dos Ravenclaw





Era hoje. Hoje era o dia em que começava o que podia bem ser o fim da minha vida. Se eu estava preparada? Não. Acho que ninguém se consegue realmente preparar para uma coisa destas. É tudo muito giro quando pensamos que vamos ser campeões e poder mostrar ao Mundo o nosso valor, mas a verdade era que eu estava assustada e com medo de morrer naquela arena. Só queria voltar para a minha cama, ver as minhas séries preferidas e adormecer depois do meu pai me dizer que não há monstros no escuro. Sim, eu sei, com a minha idade já não devia ter medo do escuro, mas eu não cresci como as outras crianças normais, nunca tive tempo de crescer e habituar-me a dormir sozinha no escuto, sem medo. Crescera demasiado depressa.

- Boa sorte, bebé, vais ser a melhor.

Dizia-me a minha mãe, enquanto me abraçava, e eu sabia que ela estava com o coração nas mãos. Não queria que eu participasse no torneio e isso era só mais um motivo para eu entrar e provar-lhe que conseguia fazer isto. O meu pai, por outro lado, não podia estar mais orgulhoso, embora preocupado, e abraçava-me com força, tal como os meus irmãos, a desejarem-me sorte. Tive de me controlar para não chorar dos nervos e de ansiedade.

- Se morreres posso ficar com o teu computador?

- Stefan!

O meu irmão foi a tempo ainda de se desviar da mão pesada da minha mãe, mas até eu me ri. Não precisava (nem devia) levar nada para o torneio, excepto a minha varinha e muita coragem. Tinha vestido um fato-de-treino azul, com o símbolo da minha equipa, os Ravenclaw, já que era o mais prático, mas comi apenas duas torradas e fiquei logo com o estômago às voltas. Os pais iam para sítios diferentes, nas bancadas, mas os campeões iam para outro lado, para uma tenda grande onde íamos receber todas as indicações. Os outros campeões já lá estavam e eu cumprimentei-os com um sorriso tímido e nervoso e notava-se que também eles estavam ansiosos. As indicações eram bastante simples: chegar ao fim do percurso que eles nos estavam a dar. Tínhamos de passar por uma... Falésia Invertida? Que raios é uma falésia invertida? Temos de subir em vez de descer? Algo estava mal.

"Isto não pode ser fácil."

Pensei para comigo e fiquei logo desconfiada. Um evento destes não podia ser tão desprovido de perigo. Mas todos ouvimos bem com atenção o que nos era dito. Íamos todos começar a prova ao mesmo tempo, na arena. Quando saímos da tenda aquilo parecia tudo diferente, só podia ser um feitiço. Onde estavam as pessoas? Será que elas nos estavam a ver? Seria de propósito para nos sentirmos isolados e sozinhos durante o percurso? Talvez. Será que o Tiago me estava a ver também?

- Bos sorte, campeões.

Foi a última coisa que ouvi. Não consegui perceber se tinham dito mais alguma coisa, só sabia que aquilo me estava a atormentar o cérebro e ainda nem tinha começado a sério. Olhei em frente e a extensa floresta erguia-se à nossa frente.

- Boa sorte...

Disse aos outros, mas a minha voz saiu-me meio tremida e esganiçada. Eles responderam-me, mas estávamos todos demasiado ansiosos para começar isto e ver quem acabava. Não importava, eu ia tentar dar o meu melhor. Saímos todos ao mesmo tempo, mas cada um seguiu o se caminho. Eu segui para onde o Sol se dirigia, se escurecesse queria tirar o máximo partido dele, o ideal era manter-me em zonas elevadas. "Se escurecesse...". Porra, não podia escurecer! Eu não me ia aguentar. Mas ainda era de manhã, tinha muito tempo. Olhei em volta, já a embrenhar-me na floresta, e não via nada para além de árvores, árvores e mais árvores, todas com um aspecto sinistro. Estava tudo demasiado sossegado e silencioso, eu conseguia ouvir os batimentos do meu coração. Parecia que a qualquer momento iria aparecer alguma criatura e era isso que me deixava apreensiva, de varinha na mão. Eu não sabia que tipo de criaturas iam aparecer, era suposto os campeões estarem preparados para qualquer coisa. Depois ouvi braulho de galhos a partirem-se e virei-me logo, com o coração ainda mais acelerado. Tinha lido algures num dos livros da minha tia Alexandra (ela era médica, pediatra) que a nossa adrenalina quando aumenta, tanto derivado ao medo ou não, o nosso sangue corre mais depressa e o cérebro aumenta as funcionalidades.

- Olá?

Perguntei numa voz que eu queria que me saísse bem audível, mas que, mais uma vez, me saiu completamente esganiçada. De novo os barulhos e dei mais uma volta de 160º. Tinha a varinha a postos para me defender ou atacar do que fosse preciso. Estava a começar a ficar assustada, os barulhos continuavam a aumentar e eu não sabia onde me havia de meter, estava sozinha. Correr e fugir não era uma solução, nunca! Eu ia conseguir, só precisava de respirar fundo, acalmar-me e... Música? Eu estava a ouvir música? De onde? Fiquei parada a observar tudo em volta, muito silenciosa e com atenção ao que me rodeava. Depois pareceu-me ver algo mexer-se nas árvores. Semicerrei os olhos para tentar ver melhor e aproximei-me de uma delas. Vi aquilo que pareciam bichos feitos das próprias árvores a mexerem-se. Que estranho, eu conhecia aquelas criaturas.

- Erklings?

Abri muito os olhos e tapei logo os ouvidos, mas já era tarde de mais. Uma música que começara suave começou a aumentar de volume. Não era forte nem demasiado estridente mas estava a fazer-me querer sentar e dormir. O quê? Não, não, não podia fazer isso. Tinha de continuar.

- Shhh! Calem-se!

Eles pareciam ser tão frágeis, não queria que eles fossem magoados. Eram tipos os bichinhos que a minha irmã mais nova, a Joana, costumava brincar. Mas eu sabia que estes não eram frágeis, podiam ser perigosos e estar perto de um penhasco não podia ser bom. Tinha de sair dali rápido e... O que era aquilo? Que lindo! Aquela vista era maravilhosa. Via-se o Lago, continuava a ver-se uma densa floresta, mas já não parecia tudo obscuro, parecia mais suave a amistoso. Tinha de ir por ali? Pelo penhasco? Se calhar tinha. A música continuava a tocar, eu ouvia risos ao mesmo tempo e sorri também. Eram risos engraçados, como se fossem uma mistura de risos de crianças travessas com outro som mais estridente.

- Por aqui? Vou por aqui?

Continuava a andar em direcção ao penhasco, com um sorriso enorme na cara, se calhar era por ali e eu só tinha de chegar ao fim do percurso. Talvez afinal aquilo fosse simples. Olhei para trás, para as criaturas e não gostei do aspecto delas, enquanto elas se moviam nas árvores. Pareciam estranhas, deslocadas ali. Depois apercebi-me de que estava a ser levada para o sítio errado. Tentei parar, mas o meu corpo continuava, como se tivesse vontade própria. Olhei para os Earklings e o riso deles era cada vez mais desconcertante e inebriante, ao mesmo tempo. Como é que eu ia parar? Eu queria parar? Não, se calhar não queria. Queria? Era para ali? Não, eu acho que não era. Não era o caminho certo? Disseram-nos que ia haver perigos, se calhar falavam disto. Mais risos. Não! Aquilo não era só um perigo. Eu estava a dirigir-me para a morte.

"Não! Para!"

Forcei-me a parar e a voltar para trás. Ao verem que eu estava a hesitar começaram a ficar agitados e a música tornou-se mais alta e mais estridente. Tapei os ouvidos e corri para a mala que estava numa das árvore. Mas eles não deixavam, era como se protegessem a mala com as suas vidas, arreganhando-me os dentes.

- Oh não, não! Nem pensem! Eu preciso dessa mala!

Gritei-lhes, mesmo sabendo que eles não percebiam e mesmo que percebessem não iam querer saber. Peguei então na minha varinha e apontei aos Earklings que estavam na árvore.

- AGUAMENTI!

O efeito foi instantâneo, eles não eram criaturas aquáticas, eram terrestres. E eu não queria magoa-los, só queria afasta-los o tempo suficiente para conseguir agarrar na mala. E funcionou. Eles começaram a mexer-se que nem baratas tontas, todos molhados. Eu aproveitei e corri o mais rápido que consegui para a mochila.

- Desculpem, desculpem!

Ia dizendo enquanto corri para lá. Sentia-me mal por estar a fazer aquilo às criaturas. O meu pai costumava dizer na brincadeira que eu quando nasci era uma sereia, mas que só voltava a ser quando fosse grande. Claro que agora sei que isso era mentira, mas foi esse pensamento que me fez sempre querer aprender tanto sobre as criaturas mágicas e cuidar delas. Agarrei na mochila depressa e corri para longe dali, embrendo-me ainda mais na floresta. Ainda olhei para trás, mas os Earklings já estavam a recompor-se. Odiava estar ali dentro, o que raio é que me tinha passado pela cabela quando me inscrevi no torneio?

- Não! Chega, Zoey, deixa de ser otária, vais chegar ao fim disto! Certo, por aqui.

Caminhei durante ainda um bom tempo, ainda a olhar para todos os lados e só depois de algum tempo é que me dei ao luxo de parar e ajoelhar-me, vendo o que continha a mochila. Nada mau. Quatro barras energéticas, algo parecido com ligaduras, fisgas e quatro frasquinhos com umas bolinhas lá dentro. Fiz um meio sorriso quando vi o que os frascos tinham escrito. Bolas de espirro?

- Estás tão feito, Benjamin.

Em vez de pôr dentro da mochila novamente, pus os dois frascos de espirros dentro do meu casaco para não me esquecer deles. Aqueles já tinham um destino melhor: irritar o meu irmão mais velho. Os outros dois frascos podiam ser mais úteis aqui: de irritação. Comi uma das barras energéticas ainda de joelhos e decidi guardar o resto, já que ainda me sentia bem. Bem, quer dizer... Bem estava eu se estivesse a almoçar num restaurante chinês para depois ir ao cinema. Mas participar num torneio onde podia morrer também me parecia uma maneira fixe de passar o dia. Ou não. Suspirei enquanto comia e por momentos distraí-me, esquecendo-me que tinha de continuar. Depois olhei para cima e vi algo estranho ao longe. Era parecido com uma montanha enorme, mas como se estivesse do avesso. A Falésia Invertida. Talvez aquilo corresse bem agora.

- Estás no bom caminho Zozo.

Disse com um sorriso para mim própria, mas o meu sorriso foi-se logo quando vi o que estava a aparecer à minha frente. Talvez eu me tivesse esquecido que aquilo era uma competição a sério e que energia e coragem não eram suficientes para continuar, era também preciso atenção, mas eu estava a falhar nisso, neste momento. Uma acromântula gigante estava a vir rapidamente na minha direcção. Aquilo estava no torneio? Não, é claro que não! Aquilo era a floresta, qualquer criatura podia aparecer. Talvez fosse uma boa altura para as minhas pernas funcionarem e eu correr para longe dali, mas elas nem se moviam. O meu olhar estava suspenso naquela criatura, eu sofria de aracnofobia e o tamanho daquelas pernas não estava a ajudar.

"Foge, Zoey, foge!"

Gritava uma voz dentro da minha cabeça. O que será que acontece quando morremos? Vimos a luz branca ao fundo de um túnel? Dói? Para onde vamos? Porque é que só conseguia pensar nestas perguntas? Eu não ia morrer, recusava-me a morrer! Finalmente as minhas pernas resolveram mexer-se e eu consegui forçar-me a correr. Mas era inútil, ela tinha oito pernas, corria muito mais depressa do que eu. O que é que era suposto eu fazer nesta situação? Queria pensar num feitiço para atrasa-la, mas nenhum forte me ocorria. Às vezes as coisas simples são as que custam mais a ocorrer. Desta vez não podia ser como com os Earklings, era uma questão de vida ou morte.

- Lacarnum Inflamerae!

Lancei o feitiço mas não lhe acertou. Tentei mais duas vezes e falhavam sempre, incendiavam pequenos arbustos ou simplesmente desapareciam no ar.

- LACARNUM INFLAMARAE!

Gritei já desesperada e olhei para trás, vendo o feitiço acertar-lhe em cheio na face. Era horrível de se ver, a criatura começou instantaneamente a arder. Uma espécie de guinchos saía da sua boca e eu olhava para a figura dela sem qualquer vontade de a ajudar, mas com piedade, detestava ser cruel para os animais. Aproveitei e peguei num dos frascos de irritação que tinha, não ia gastar o de espirros com uma criatura que já estava a arder. A irritação ia provocar ainda mais inflamação e atrasa-la. Abri o frasco mas não me dei ao luxo de me aproximar para o despejar nela, apenas o atirei contra ela. Metade do conteúdo foi parar ao chão mas não importava, funcionou. Ela abrandou, ainda com aqueles grunhidos de dor e eu recuei de olhos muito abertos a fita-la. Era difícil olhar para aquilo e não fazer nada. Mas não hesitei mais, peguei na mochila de novo e corri dali para fora. Ainda conseguia ver a base da falésia e era para lá que eu tinha de me dirigir. Será que os outros campeões estavam muita à minha frente? Já teriam chegado? Bolas. Se calhar eu tinha ficado para trás. Desta vez não ia parar. Esqueci o facto de ter barras energéticas na mala e continuei sempre a correr pela floresta dentro, até chegar a uma orla mais aberta. Respirei aliviada quando vi a falésia aproximar-se mais, mas não sei se foi boa ideia deitar foguetes antes da festa. Esta bodega parecia um cone gigantesco virado do avesso. Fazia sentido, se era invertida. Como raios ia eu lá para acima. Não havia sinais de criaturas por perto e isso dava-me tempo para pensar e descansar um pouco. Tinha sede e para ser sincera acho que me devia ter desviado bastante do percurso para encontrar a garrafa de água. Não fazia mal, ainda não estava a morrer, talvez conseguisse despachar-me.

- Usar um feitiço para mover as rochas? Isso não é muito difícil.

A varinha esteve o tempo todo comigo, não a largara desde que saíra da tenda, nem para comer a primeira barrita. Apontei a varinha a uma as rochas que era grande suficiente para me levar e proncunciei o feitiço mais óbvio.

- Wingardium Leviosa!

A rocha moveu-se instantaneamente e eu posicionei-me devagar em cima dela. Até aqui tudo bem, a rocha aguentava firme. Movimentei a varinha bem devagar e ela começou a subir rente à falésia. Sorri vitoriosa.

- Finalmente alguma coisa bem feita, 'né, Zo?

Porque é que eu não acredito na minha mãe e tenho na cabeça que as coisas fáceis não valem muito? Assim que disse isto a rocha tremeu um pouco e depois começou a descer outra vez.

- Oi? 'Tás-te a passar agora ou quê?

Não estava a gostar nada disto, o feitiço tinha de funcionar. Experimentei novamente numa outra rocha e mais uma vez o feitiço funcionou até um certo ponto. Era como se existisse ali uma barreira invisível. Comecei a ficar frustrada, assim não ia conseguir chegar ao fim, tinham dito que um feitiço era o suficiente para chegarmos ao topo da falésia. Suspirei e fiz o que era mais óbvio: comecei a escalar a falésia. Se não ia de uma maneira ia de outra.

- Hás-de te fo*** cá em baixo, Zoey.

Disse de mim para comigo, de mochila às costas e varinha na boca. A sorte era que aquilo até tinha espaço para pôr os pés e as mãos. Avancei devagar, não queria estatelar-me no meio do chão quando ainda nem tinha feito oitenta por centa da escalada. Estava desanimada, ia demorar imenso tempo a subir aquilo e nem sabia se conseguia lá chegar. Passei pouco mais do que o local onde as rochas não passavam mais e depois tudo aconteceu muito rápido.

- AHHH!!

O meu grito deve ter ecoado por toda a floresta e arredores, quando de repente a falésia deu uma volta de cento e oitenta graus. Agora já não estava a subir, estava a descer. E a uma grande velocidade. Abri muito os olhos ao reparar que estava a cair... Para o céu! Para o céu? Como? Estava a rebolar e enquanto olhava para cima (ou seria para baixo?) aparecia a base de onde eu tinha vindo. Os meus gritos continuavam, sentia os meus ossos doridos de baterem nas pedras e tinha a cabeça a latejar, em conjunto com o coração que estava a bater rápido como nunca antes. Era agora que eu morria, agora estava a cair de uma verdadeira falésia. Não conseguia parar de gritar e, sem saber como, ainda tinha a varinha na mão. Não me ocorria nada que pudesse fazer sem ser esperar pela queda e pela morte. Vi a minha vida passar-me toda a frente dos olhos. Cada pancada que mandava com o corpo em pedras me fazia ver algo diferente, cada momento da minha vida. Eu era tão nova para morrer. Comecei a sentir-me fraca, mas não podia fechar os olhos, tinha de tentar. Mas tentar o quê?

- Arresto... Momentum...

Disse, com voz fraca e baixo, e senti tudo abrandar. As nuvens começaram a mexer-se devagar. Eu já não estava a cair, estava simplesmente a rebolar devagar de pedra em pedra. Aproveitei para me agarrar a duas delas e tentei parar, mas não conseguia, a gravidade continuava a puxar-me. A gravidade? Mas que raio? Afinal estava a subir ou a descer ou...?  Já não percebia nada. Mas não podia perder tempo. Continuei a descer e a descer, lentamente, aproveitando o balanço e as pedras para me segurar. Continuei a descer durante o que me pareceu uma eternidade até conseguir alcançar o topo da falésia. Ou seria a base? Não sei. Assim que pus os pés na base (ou seria o topo?) senti uma náusea novamente e rodopiei outra vez uns cento e oitenta graus, até bater de rabo no chão.

- Au... Porra!

Resmunguei ao dar comigo sentada no chão. Olhei para as minhas mãos e vi sangue. Tinha os braços todos esfolados e um corte na cara. Suspirei a resmungar impropérios que fariam o meu pai pôr-me de castigo uma semana e tirei da mala aquela espécie de pensos. Limpei o melhor que consegui o corte da cara e dos braços, colocando os pensos. Iam precisar de ser desinfectados depois. Mas um forte vento começou e tive de me levantar depressa, protegendo os olhos da areia e de pequeninas pedras projectadas com o vento. Supostamente teria de chegar a uma árvore velha para completar a minha missão. E estava a vê-la ao longe, pequena, mas o piso era plano, chegava lá depressa. Vi um pequeno charco não muito longe e aproximei-me a correr. Se a água não fosse muito má podia refrescar a cara e, quem sabe, beber um pouco. Quando lá chuguei, dei de caras com uma criatura que era uma das básicas estudadas no castelo. Um Kappa. Estava muito sossegado no canto dele, mas agitou-se logo quando me viu. Ele não falava, mas eu só precisava do mapa que ele tinha com ele para saber das armadilhas que me esperavam.

- Hum... Olá?

Disse, baixo, a olha-lo. Ele mexeu-se com cara de poucos amigos. Eu sabia algumas coisas sobre os kapas. Sabia que era preciso jeito e paciência para conseguir a confiança deles e fazer com que o seu primeiro impulso não fosse atacar. Aproximei-me muito lentamente e fiz-lhe uma vénia, inclinando-me toda. A sua cabeça, com a forma de um pires, nem se mexeu, apenas se mantinha fixa em mim, com aqueles olhos grandes e desconfiados. Continuei a fazer a vénia. Se ele não se mexesse durante mais tempo, ia lá e simplesmente lhe mandava um soco para ter a porcaria do mapa. Felizmente ele lentamente se curvou, fazendo a sua cabeça deformada baixar-se e um pouco de água lhe escorrer por ela. Até era engraçado de ver. Sorri um pouco e aproximei-me mais, mas ele não mostrou interesse em dar-me o mapa, mantendo-se demasiado possessivo e com má cara de novo. Tinha de lhe dar algo em troca? A sério?

- Não és nada exigente, pois não?

Resmunguei baixo e, lentamente para não fazer movimentos  bruscos que o assustassem, tirei uma das barritas energéticas da mala, tirando o plástico. Os olhinhos dele até brilharam e eu tive de me conter para não me rir.

- Queres isto? Toma...

Disse, de forma simpática, e aproximei-me mais, devagar. Ele aproximou-se também, curioso, e já não estava a agarrar o mapa com tanta força. Estiquei a mão que tinha a minha comida, que era a única coisa que lhe podia dar em troca (desconfio de que ele não ia dar grande utilidade a uns quantos pensos), mas também a minha mão vazia, para que ele entendesse que eu queria o mapa em troca. Ele percebeu, mas também não fez má cara por me dar o objecto. Quando me pôs o mapa na mão, aproveitei para lhe tocar, ao mesmo tempo que ele me roubava rapidamente a barrita da mão. Sorri, a pele dele era áspera, mas ele era querido, talvez pedisse ao meu pai para termos um em casa, no lago. Se sobrevivesse à prova.

- Obrigada.

Disse-lhe antes de me afastar, com um sorriso agradecido. Observei o mapa e vi que havia várias coisas que eu podia evitar para chegar ao fim. Ainda bem que sabia como lidar com um kappa. Se calhar não era a maneira tradicional, mas bem... Tinha resultado.

- Ora bem... "Um cauda-de-chifre para combater e passar para o outro lado". Meteram a minha mãe no torneio e não me disseram?

Abanei a cabeça a sorrir. Sabia que não era ela. Continuei a ler a lista, incluia uma lista infinita de coisas que eu podia evitar. Bem, do mal a menos. Já conseguia ver a árvore mais perto. Assim não era tão bonita. Era grande, mas era velha e meio podre, notava-se que já estava a dar as últimas. Enquanto andava vi dois Diabretes da Cornualha no solo, a saltitar de asas fechadas. O que é que eles estavam a fazer? Coisa boa não era, de certeza. Empunhei a varinha na direcção deles, pronta a defender-me de qualquer ataque. Eles olharam-me e começaram com aqueles risinhos idiotas e irritantes. Eles até podiam ser giros, mas era fechados numa jaula. Depois é reparei nas pequenas ervas que saíam do chão. O seu formato estranho não me era estranho, lembravam-me as ramificações de cenouras. Então porque é que eles estavam tão divertidos.

- Oh não...

Abri muito os olhos quando percebi o que aquilo era. Apontei-lhes a varinha rapidamente, mesmo quando eles estavam - ainda com aqueles risos idiotas - a tirar aquilo que eu suponha serem Mandrágoras adultas.

- SILENCIO!

Que loucos, aquilo podia matar alguém! "É esse o obstáculo do torneio, Zo, duhh!". Felizmente este era um feitiço simples e eficaz, não ouvia nada vindo deles. Os diabretes olhavam para mim ainda a sorrir mas confusos. Eu sorri-lhes de volta, com um sorriso vitorioso, e ao verem isso, ficaram irritados, largando as Mandrágoras e vieram atrás de mim.

- Hei! Deixem-me em paz!

Gritei enquanto eles me tentavam puxar as orelhas e o cabelo.

- Petrificus Totalus!

Eles pararam imediatamente e eu fiz má cara a olha-los.

- Que maldosos, porra!

Saí de lá rápido e dirigi-me à grande árvore. Finalmente, estava quase a terminar. Comi outra barrita enquanto me dirigia para lá, não fosse dar-me uma quebra de energia logo no fim. Respirei fundo e cheguei-me ao pé das criaturas que eu sabia serem Hinkypunks. Eram estranhos e, para ser sincera, muito feios. Só tinham uma perna e, por alguma motivo estúpido, andavam sempre com uma tocha na mão. Por acaso pensam incendiar alguma coisa? Que ridículos. Às vezes onde estavam Deus com a cabeça quando criou certas criaturas. E esta parecia ser feita de fumo também. Então qual era a lógica da tocha? Não interessa. Estas criaturas tinham o hábito de fazer os caminhantes perderem-se, só por diversão. Aproximei-me e estes dois começaram logo a sorrir enquanto me olhavam.

"Cabrões, já me vão lixar!"

- Olá?

Disse, enquanto me aproximei devagar. Mas eles começaram logo a recitar algo:

“ Um de nós mente
Outro a verdade diz
Duas poções temos
E são estes os termos:

Qualquer poção
Para a outra fase irás
Mas a verdadeira questão
É se a certa escolherás."

- Oi?

Olhei-os confusa porque não estava à espera daquilo.

- Podem repetir isso outra vez? Não apanhei um cu do que disseram.

Eles continuaram a sorrir de forma perversa e eu cada vez gostava menos daquilo. Primeiro ficaram calados e a minha paciência estava a esgotar-se completamente. Mas quando abri a boca para falar eles falaram primeiro:

“ Um de nós mente
Outro a verdade diz
Duas poções temos
E são estes os termos:

Qualquer poção
Para a outra fase irás
Mas a verdadeira questão
É se a certa escolherás.”

Ergui a sobrancelha a olhar para eles. Cada um tinha na mão o que eu sopunha ser uma poção. Uma era azul-clara, a outra era vermelho-escuro. O meu impulso foi logo escolher a azul, já que a outra tinha aspecto de ser sangue e eu não sou muito adepta disso. Era irónico, dado que o meu namorado é um vampiro, mas isso não é chamado para aqui agora. Fiquei a olha-los pensativa. À vez, iam apontando para diversos sítios, deixando-me confusa sobre o percurso que devia retomar agora. Eu sabia que estava no fim, o fim da primeira prova estava perto. Mas ainda faltava passa-lo.

- Tenho de tomar uma das poções, certo?

Eles acenaram com a cabeça, com sorrisos maliciosos e saltitando de um lado para o outro só com uma perna. Estavam a deixar-me irritada. Tinha sono, estava cansada, tinha imensa sede e fome e tinha cortes que me estavam a arder naquele momento. E quando estamos perto do fim parece que fica tudo pior. Portanto eu só queria tomar a porcaria da poção e acabar a prova.

- Qual será?

- Será a azul linda como o mar?

- Será a vermelha forte como o sangue?

- Decisões, decisões...

Repetiam eles enquanto me olhavam com sorrisos. Engoli em seco e aproximei-me mais a pensar no enigma. Não tinha a certeza da resposta e não queria arriscar perder agora. Devagar aproximei-me do que estava à minha esquerda e escolhi a que tinha escolhido inicialmente: a azul-clara. Eles só olharam para mim e eu olhei para a poção desconfiada. Abri o pequeno frasco e levei-o à boca a olhar para eles. O reboliço deles foi notável, mostraram-se vitoriosos enquanto eu ainda estava a levar o frasco aos lábios. Foi o suficiente para me fazer voltar atrás.

- Estão a enganar-me!

Entreguei-lhe de novo o frasco e tirei a outra poção das mãos do outro Hinkypunk. Eles mostraram-me os dentes e foi nesse altura que tive a certeza de que estava a escolher a certa. Afinal não sabia a sangue. Claro que não estava mesmo à espera disso, mas nunca se sabe. Bebi aquela poção vermelho-escura e esperei um pouco. Não senti nada, sentia-me como sentia antes: cansada e esgotada. Olhei-os e eles não fizeram nada. Pelo sim, pelo não apontei-lhes a varinha e eles rosnara um pouco, mas continuavam apenas a saltitar de um lado para o outro. Andei um pouco de costas, sempre a olha-los enquanto passava a árvore velha e podre para o outro lado. Assim que me afastei o suficiente deles corri para longe, para onde nos tinham dito que o percurso terminava. Não sabia onde era suposto parar, não conseguia ver ninguém. Mas ao longe apareceu uma pequena tenda. A mesma de onde tínhamos saído? Não. Devia ser uma igual. Mas sorri na mesma, feliz por ter conseguido chegar ao fim e corri para lá. Ainda tinha sangue seco na cara e nos braços, mas nada disso importava, tinha finalmente chegado ao fim. Estava tão aliviada que todo o cansaço se abateu sobre mim naquele momento. Estava orgulhosa de mim, podia não ter ganho se calhar, mas tinha chegado ao fim, tinha feito todo o percurso. Só esperava que a minha família e o Tiago estivessem orgulhosos de mim também. Puxei o pano que tapava a entrada e entrei, finalmente, na tenda onde me esperava o conforto e descanso.


I Learned That Courage Is Not The Absence Of Fear But The Triumph Over It


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Primeira Prova - A Terra Empty Re: Primeira Prova - A Terra

Mensagem por Charlotte Lovato Seg 08 Jul 2013, 23:51



Campeã dos Gryffindor
Charlotte Lovato - Torneio Quadri-Feiticeiro, Terra


Estava com uma pilha de nervos, era hoje o Torneio e mal estava preparada para tal acontecimento. Assim que me levantei, tomei um duche rápido e equipei-me com um uniforme que me tinham dado, específico para o Torneio. Era uma t-shirt vermelha e tinha o logotipo dos Gryffindor do lado esquerdo, como se fosse um equipamento de uma equipa de futebol muggle.

Atrás tinha o sobrenome Lovato a preto e as calças eram pretas, com uma tira vermelha de cada lado. Saí do quarto, desci para o Salão Principal e por todos os lados que passei, havia alvoroço, provocado por alunos das quatro equipas. Aquilo ainda me deixava mais nervosa, umas raparigas Syltherin ainda se tentaram meter comigo, mas eu fui mais rápida e saí logo dali. Sentei-me na mesa, comi uma taça de cereais, com pouca vontade pois os nervos não me estavam a deixar fazer muita coisa e a seguir peguei numa maçã que estava na fruteira e levantei-me em direção ao local onde seria o Torneio.

Cheguei ao local e fui entrando na famosa tenda, apreciando o local. Entrei e por onde passava, havia decorações próprias para o Torneio. Em cada compartimento dos campeões, havia cores das quatro equipas a que pertenciam. Quando a hora se aproximava, comecei a respirar fundo, para aliviar um pouco o nervosismo. Aproximei-me da entrada da arena juntamente com os outros, respirei fundo e pus os pés onde começava a parte da arena. Já ia equipada com a minha varinha, quando reparei na multidão que se encontrava na bancada. Fiquei de tal forma com os nervos à flor da pele, por ver ali tanta gente, que quase nem conseguia ver a arena como deve ser.

Ouvi a Zoey, desejar-nos boa sorte e sorri-lhe, não foram precisas palavras algumas para lhe transmitir a ela e aos outros, que também queria que eles se saíssem bem, apesar de sermos todos adversários, ainda éramos acima de tudo amigos.

Quando se ouviu um apito, sinal que a prova já tinha começado, comecei a correr, enquanto me tentava concentrar no meu objetivo. Quando entrei na Floresta propriamente dita, estava tudo cheio de umas criaturinhas pequenas castanhas, os Erklings, que quase não deixavam uma pessoa pensar no que fazer, com a música que todos juntos faziam com as suas flautas e com os risos que emitiam. Quando os poucos Erkling que me rodeavam me tentaram deitar de um penhasco abaixo, tive que ser mais rápida.
- Stupefy – lancei o feitiço para alguns deles, vendo-os a eles irem pelo penhasco e então segurei-me bem no topo do penhasco. Subindo-o e ficando novamente em pé, só me restava seguir o caminho.

Olhei para todos os lados, tentando ver algum possível caminho para a falésia e depois continuei a andar. Reparei numas mochilas penduradas em quatro árvores, que possivelmente eram para cada campeão e peguei numa, colocando-a às costas. Andei por ali mais um bocado e encontrei umas garrafas de água. Fui até elas, muito devagar visto que aqueles animais que as estavam a guardar eram da pior espécie que eu alguma vez tinha visto. Um tentou-me atirar com a flauta à cabeça e eu desviei-me, apontei-lhe a varinha e atirei-lhe com um feitiço logo a seguir: - Immobilus – olhei para o animal e quando dei por mim, já ele estava bem quietinho, suspenso no ar, agora tinha era que me apressar, antes que ele viesse a correr atrás de mim.
No fim de ter feito uma bela correria, cheguei ao meu próximo desafio: a Falésia Invertida. Esta estava armadilhada com todo o tipo de armadilhas e por isso mesmo, teria de ter muito cuidado, onde colocava as mãos e até mesmo os pés.
Na base da Falésia, estavam algumas rochas que poderiam transportar uma pessoa com o feitiço correto, mas eu optei por usar um feitiço que me elevaria um pouco, pelo menos até me conseguir agarrar a alguma pedra que não estivesse em risco de se despegar ou partir devido ao peso. Fiquei com a respiração cada vez mais ofegante, estava tudo muito escuro, por isso iluminei melhor o local: - Lumus Maxima – olhei para o escuro, que de repente ficou com uma luz forte a iluminar o local e por momentos senti um arrepio percorrer-me por todo o corpo, teria que ter muita coragem. Respirei fundo e comecei a caminhar, à espera do próximo obstáculo que ia encontrar naquele caminho. Olhei para o cimo da Falésia e antes de começar a subir, encontrei um vulto que me lembrava muito um Dementor, o Kappa, que também se assemelhavam ao primeiro quanto à forma. Andei até eles, muito devagar para não correr o risco deles me atacarem e por sorte encontrei por ali alguns pepinos. Apanhei um, tirei um punhal do meu bolso das calças do equipamento e comecei a tentar escrever o meu nome, mas com os nervos que eu estava, o meu nome ficava quase sempre todo mal escrito. Apanhei outro pepino, respirei fundo, tentando acalmar-me um pouco e comecei a escrever novamente o meu nome. Desta vez lá consegui escrevê-lo, atirei o alimento para o chão e assim, obriguei-o a curvar-se. Tinha estudado que assim que um Kappa se curvava, seria muito mais fácil passar por ele. Assim que o Kappa se curvou, passei por ele muito devagar e parei à frente dele.
– Accio Mapa – agarrei no mapa, que veio direito à minha mão e saí dali, num passo apressado. Parei um pouco mais à frente e desdobrei um pouco o mapa para ver se tinha alguma armadilha por perto. Pelo caminho, encontrei alguns Diabretes da Cornualha, o que me dificultou a prova. Uns tentaram agarrar-me e outros ainda levantaram algumas Mandrágoras, o que causou um ambiente sonoro horrível. Levei as mãos aos ouvidos num reflexo e depois tentei esquivar-me. Um Diabrete tentou agarrar-me, mas como tinha a varinha comigo, apontei para uma criatura que já vinha com as suas mãos horrendas em direção ao meu cabelo e falei rapidamente, mas com as palavras bem pronunciadas: - Peskipiksi Pesternomi“Malditos Diabretes” – resmunguei baixinho, observando atentamente estas criaturas. No fim de ter conjurado este feitiço, eles começaram a obedecer-lhe a ele, colocando as malditas Mandrágoras novamente no solo.  
Agarrei na garrafa de água, bebi uns goles, e depois coloquei esta dentro da mochila, tirando de lá a barrita de cereais. Estava a precisar de alguma energia e por isso nada melhor do que esta barrita, para me reforçar. Continuei então a andar até ao próximo desafio, quando observei umas pedras que seriam suficientemente fortes para transportar uma pessoa e comecei a andar mais rápido até elas. Pus me de cima de uma pedra, olhei para a Falésia e apontei a varinha para o ar:
- Ascendio – disse eu. Senti uma força na minha varinha que me puxou para cima e quando já estava a meio da Falésia, agarrei-me a uma pedra. Tendo em conta que já só me faltava meio caminho para chegar ao topo, subi aquilo tudo com algum cuidado. Depois de ter chegado ao cimo da Falésia, fiquei de pé num instante e sacudi as mãos, numa tentativa de  as deixar um pouco menos sujas daquilo que já estavam. Olhei para todos os lados e abanei a cabeça num ato de desespero: - Porra, a sério que ainda me vão pôr mais criaturas à frente? – já estava super cansada e com as forças um pouco em baixo. Olhei para os dois Hinkypunk e reparei que cada um tinha um frasco com uma poção. Uma era azul-clara a outra era de um vermelho-escuro, que lembrava aquele sangue dos animais quando apareciam mortos. Abanei a cabeça na tentativa de afastar este pensamento e concentrei-me. Olhei para as duas poções, a mais apetecível era a azul clara mas como isto não era pelo aspeto, optei por escolher a Vermelha: - Bem, já que eu tenho que escolher uma, eu escolho a tua – disse para o Hinkypunk que tinha a poção vermelha-escura. Assim que ele me deu a poção, estiquei a mão para a apanhar e disse, um bocado receosa: - Seja o que Deus quiser.. – deitei o líquido bela boca adentro e esperei por algum sintoma. Se não conseguisse pelo menos teria dado o meu melhor. Deixei-me dormir e de repente, a Falésia desapareceu, dando lugar novamente à tenda. Abri os olhos e quando reparei, estava na tenda, abri um sorriso enorme e pensei: “Boa, pelo menos não morri!” - pensei toda feliz da vida por estar novamente por ali.



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Charlotte Lovato
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5º Ano - Gryffindor

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