Mansão Leand Willis

- Não vais dar isso à cadela! Coitada! Nem ela merece comer uma coisa dessas. E eu faço o café.

Levantei-me e tirei-lhe aquilo das mãos, dando-lhe um beijo e pondo de novo em cima da mesa, mas fiz um sorriso malicioso e com o dedo passei no creme da tarte e sujei-lhe a cara.

- HEI!!!!

Fiz má cara assim que ela me chapou a tarte na cara. Pelo menos uma coisa era positiva: tinha conseguido fazer com que a minha princesa se risse. Isso para mim valia tudo. Eu estava sério, mas assim que a vi fazer aquilo com o creme engoli em seco. Ela deixava-me doido e só aquele gesto eu já sabia o que significava.

Aproximei-me instintivamente dela, tirando-lhe o dedo da boca e beijei-a com urgência.

Conforme a sentia a provocar-me mais sentia-me a querer já saltar-lhe em cima, mas não queria levar isso rápido. Por outro lado.... Quem provocou foi ela -.- Por isso aguentasse-se.

Encostei-me a ela pressionando o meu corpo contra o dela e comecei a beijar-lhe o pescoço.

Pronto os meus planos não eram estes, tinha um quarto maravilhosamente lindo lá em cima preparado, mas ela estava a dar cabo de mim, já naquela mesa da cozinha! O.O

Assim que ela me tirou a t-shirt sorri malicioso e passei as mãos na perna dela.

- Estás a pedi-las Jóna.

Não fazia mal, ela aguentava a segunda lá em cima de certeza!

Depois de sair do Café, fui para casa com ideias de fazer o jantar. Não sabia se o Gui já tinha chegado ou não, mas era pouco provável, dado que ainda não estava na hora de saída dele.

Entrei em casa e qual não é o meu espanto quando o vejo sentado no sofá. Estranho...deve ter saído mais cedo.

- Já em casa, amor? - Perguntei, esticando-me para um beijinho.

Já estava sentada no sofá, quando ela chegou. Mantive-me quieto a olhar para a TV, mas não queria ser merdoso e virei-me para lhe dar um beijo.

- Sim, já.

Talvez tenha falado muito seco, mas estava mesmo chateado, chateado e triste. Não gostava destas merdas e ela ia ter que perceber isso, a bem ou a mal.

- Eu não. E tu, estás? Ou foste descontrair um pouco...? ...ao café?

Olhei-a nos olhos, para ela ver que eu estava a falar a sério e que não era nenhuma merda sem importância. Amava-a, mas não ia ser feito estúpido, isso é que era bom! Não partilho, e não queria que ela pensasse que eu era estúpido e que não via as coisas ou que não percebia. Sim, no passado deixei passar MUITA coisa mesmo, mas isso acabou e ela ia ter de percebe-lo, porque eu já tinha aguentado muito e não ia sofrer de novo.

- Eu vi, ninguém me contou...

Tinha plena noção de que a minha voz soava triste e não chateada. Detestava isto, mas ficava com ciúmes e não achava nada bem estas coisas, o que só me dava motivo para ficar preocupada com as atitudes dela também nas aulas.

Suspirei. Eu sabia que ela não estava a fazer nada...no ponto de vista dela! E no meu? Estava... Estava a magoar-me.

- Eu sei que não sou o melhor exemplo de integridade física, dado que também já tive muitas e continuo a saber apreciar um bom corpo se o vir. Mas uma coisa é estar com o pessoal e começarmos a rir e a dizer coisas parvas sobre esta ou aquela, outra é fazer o que tu fizeste. Eu não gostei, nada. E fico com medo das tuas aulas, se queres saber.

O que ela disse fez-me ficar ainda mais triste e comecei a ficar chateado. Ela estava deliberadamente a chamar-me estúpido e ignorante. Por amor da santa, como se eu não tivesse engatado centenas delas já e não soubesse reconhecer quando o faziam!

- A sério, Joanna? A sério que disseste isso?