Ala Hospitalar

Ala Hospitalar

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Tinha acabado de aparatar na Ala Hospital, quando ouvi. Aquela voz horrível daquele pseudo-mauzão do Voldemort encheu a escola toda. Jesus, não era preciso tanto espalhafato. Quando finalmente assimilei a parte do "tenho a vossa directora" a que percebi que tínhamos perdido. Merda, depois de tanto trabalho a matar aquela vaca da ruiva (tínhamos pelo menos morto um dos maus) o Mal iria finalmente ganhar?! Mas está tudo maluco ou que? Nem tive tempo de refilar mentalmente, com as dores que estava voltei a sentir-me mal. Porra, a minha mão queimava, tinha a cara dorida e a minha barriga estava mal, muito mal. Preocupada com a Vicky, sentei-me numa das camas. Será que as torturas daquela vaca a magoaram? Voltei a sentir raiva. Pelo menos está morta agora.
Olhei para a enfermaria. Isto está mesmo cheio, era só ferido e mais feridos. Feridos a mais, que não mereciam isto. Alguns eram tão jovens e..
Uma rapariga aproximou-se de mim. Queria curar-me as feridas. Deixei e depois deitei-me na cama. Este dia nunca mais acaba...

Olhei para o rapaz e quase ia caindo da cama. Porra que ele era giro!
- Estive a combater uma DV na Flloresta, e durante a luta fiquei ferida. Tenho medo de perder a Vicky - e pus a mão carinhosamente na barriga - Então e tu? Não pareces muito ferido..
Enquanto ele falava, as dores pareciam ter desaparecido.

- Não pareço mas estou... Mas tu precisas mesmo de ajuda.... queres que vá chamar a Enfermeira? - perguntou-me sorrindo.
E foi naquele curto espaço de tempo que ele sorriu, eu lembrei-me de James. Não, não vou pensar nisso agora, e sorrindo tentando não me lembrar dele.
- Não obrigado, houve aí uma garota que já veio tratar de mim. Tenho mesmo receio dela - e voltei a agarrar a barriga - Mas enfim.. Ouviste aquela mensagem do pseudo-mauzão Voldemort? Aquele ser não desiste.. Tenho de ir lá baixo, a minha prima está lá.
Tentei levantar-me mas uma grande dor na barria impediu-me. O rapaz imediatamente me segurou para não cair e gritou:
- Enfermeira !
Não consegui ficar sóbria e finalmente desmaiei.

Quando acordei, parecia como nova.
E tinha mesmo que ir lá baixo ver da Sophie.
-Sim , vamos lá baixo.
E com aquele estranho mas charmoso rapaz, segui caminho fora até ao "lá baixo"

Mal entrei na Ala Hospitalar, uma enfermeira logo veio ajudar. Pousei a Clarie numa cama e sentei-me ao lado dela, pegando numa das suas mãos.
A enfermeira perguntou-se o que ela tinha. Respondi que a encontrei desmaiada na casa-de-banho. Não podia contar a verdade. Nunca.
Enquanto a senhora tratava de Clarie, continuei a dar-lhe a mão.
- Anda lá pequena, não me faças isto.. - murmurei baixinho.
Passaram várias horas até ela acordar. Suspirei de alivio e disse carinhosamente:
- Como estás?

Olhei para a rapariga.
- Obrigado por nos ajudar. Claro, ela ficará aqui mais um bocado - e sorri.

- Sou a Natacha. - e apartei a mão - Essa rapariga pregou-me cá um susto..
Não completei a frase. Um rapaz aproximou-se. Não. Aquela sensação de perigo voltou.
-Olá Bruna, muito trabalho por aqui? - disse a voz.
Voltei-me . Não conseguia distinguir se era ele o vampiro que passara por mim, mas eu sentia.. Passei muitos anos a aprender a reconhecer esses malditos sugadores -.- Olhei diretamente para os seus olhos. "Eu.Vou.Matar-te.!" pensei furiosa. Se for aquele que mordeu a Clarie, estava morto. Bem morto. Tipo mesmo morto. Começei a tremer de raiva mas controlei-me. "Olha a tua filha Natacha.."
Mas ele iria morrer..

Quando Clarie o viu, tive a certeza.
-Calma , o que se passa ? - perguntei preocupada.
Mas ela não respondeu. Sentou-se na maca assustada. Voltei a dar-lhe a mão. Estava a sentir-me super-protectora em relação a esta miúda, e não queria que nada nem ninguém a magoa-se. Céus, a maternidade torna-me mais boazinha -.- Tentei acalmar a Clarie, mas foi muito difícil. Estava tão assustada..