Residência Rose

Uma casa bonita e moderna, com um ligeiro toque mais tradicional. Possui uma sala de estar, uma cozinha, duas casas de banho, três quartos e um jardim.

- É...mas eu não esperava que o fizesses. E não percebo o porquê de o teres feito. - Respondi, deitando-me ao lado dele.

- Sim, é melhor. Boa noite, Paul. - Disse eu.

Deitei-me ao lado dele e virei-me de costas. Apetecia-me abraçá-lo, beijá-lo, fazer amor com ele...e tinha-o ali tão perto de mim...! Mas o Eric tinha morrido há menos de um mês e eu sentia-me culpada por nutrir sentimentos por outra pessoa tão cedo. Se bem que já amava o Paul antes disso...

Tinha medo de ser só mais uma, de sofrer às mãos dele. Tinha medo de me entregar demais e sair magoada. Um homem destes não se prende, porque pode ter quem quiser. E eu tinha noção da minha aparência física, mas o Paul também tinha noção da dele e sabia bem como usá-la.

Como estava de costas, ele não sabia que eu ainda não tinha fechado os olhos. Não tinha sono nem sequer me apetecia dormir, porque isso significava perder aquele momento único. Podíamos não estar a fazer nada, mas tinha-o ali deitado na minha cama. O homem dos meus sonhos, aquele que eu queria com tanta força, estava naquele momento ao meu lado, prestes a dormir que nem um anjinho. E eu ia ficar a vê-lo até os meus olhos se fecharem. Mas, para isso, precisava de saber que ele tinha adormecido...portanto decidi que só ia virar-me de novo para ele quando o ouvisse ressonar -.-

A Angelina tinha ido a casa dela buscar uns livros sobre Quiddich e eu não tinha ido com ela porque estava a preparar as minhas aulas de Estudo dos Muggles em minha casa.
Como ela saíu irritada não me consegui concetrar direito e fiquei a pensar no que ela me disse. Eu não era bom noivo nem que se chegasse perto disso, mas eu era assim. Bolas. Estava a perde-la aos poucos.

Apressei-me a conduzir até casa dela. Eu tinha uma chave porque havia dias em que ia para lá. Ainda quando ela lá morava.
Abri a porta e entrei. Ouvi-a a mexer nalguma coisa no escritório, por isso dirigime para lá com um pacote de açucar na mão. -.-

Entrei e fechei a porta do escritorio, a olhar para ela. Abri o pacote de açucar enquanto me aproximava dela e comi o açucar todo.

- É para ficar doce, não é? -Agarrei-a pela cintura e espetei-lhe um beijo.

Revirei os olhos e pus-me a arrumar os álbuns que estava a ver.
- Para ti o problema é eu reclamar. Não vês que se eu reclamo é porque alguma coisa está mal! Não! Eu reclamo porque tenho como passatempo andar chateada contigo! Até porque é uma coisa que me traz muita satisfação e tudo.