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1ª Aula de História da Magia

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1ª Aula de História da Magia Empty 1ª Aula de História da Magia

Mensagem por Cristopher Heart Seg 20 maio 2013, 21:57

Depois do almoço, que estava muito bom (Lasanha de carne) fui para o meu gabinete rever a matéria para dar ao terceiro ano. Detestava a matéria que ia lecionar ao terceiro ano, mas o meu trabalho não e gostar da matéria e sim ensinar os alunos… Estava distraído no meio da papelada quando o meu relógio diz-me que são horas da terceira aula, fogo como o tempo passava, arrumo as coisas rapidamente na pasta e vou para a sala. Os alunos ainda não tinham chegado por isso deixo a porta aberta e coloco as coisas em cima da mesa, dispondo-as ordenadamente, de seguida vou ao quadro e escrevo: Inquisição
Passados uns segundos os alunos começam a entrar e leem o que está no quadro, uns franzem o sobrolho, outros fazem um ar cansado, e outros ainda fazem um ar triste. Não ia ser fácil, mas teria que ser. Quando vejo que a maior parte dos alunos já estavam sentados dirigi-me para a frente da secretária e dirigi-me aos alunos:
-Boa tarde 3º Ano. Para quem não sabe ou não se lembre o meu nome é Cristopher Heart e sou o vosso professor de História da Magia e de Runas Antigas. – Faço uma pausa e quando volto a falar a minha voz está um pouco fria. - As minhas aulas são teóricas e por isso não quero ver varinhas, se vir alguma serão penalizados. Entendido? – Vejo vários olhos a olharem na minha direção, uns amedrontados e outros desafiantes, prossigo com a minha voz fria. – Não é permitido comer, beber, faltas de respeito. Se não prestarem atenção o problema é vosso, são vocês que chumbam não sou eu. Só dou a nota de acordo com aquilo que vocês merecem e não o que querem. Se querem boas notas esforcem-se para isso. – Volto a fazer uma pausa e prossigo. – Tudo o que eu vos mandar fazer contará para nota por isso esforcem-se, qualquer quebra nas regras já ditas remete para baixar as vossas nota e para tirar pontos as vossas equipas, por isso que querem ganhar a taça esforcem-se.
Volto para trás da secretária e pego no manual de História do primeiro ano e falo aos alunos.
-Vamos começar por dar a “Inquisição”. Abram o vosso livro na página 4 e tirem apontamentos. – Começo a explicar a matéria.
Inquisição
Mesmo antes de oficializada a Inquisição, a mesma já se fazia presente em pleno tumulto da Idade Média, para Oeste através da Europa marchavam os chamados “demônios da heresia” arrebanhando adeptos e, segundo a Igreja Romana perturbando a Ordem. Mas...muitos desses heréticos eram simples clérigos e bem-intencionados que desejavam reformar o que consideravam excessivo dentro da Igreja, desejam a volta à piedade humilde de Jesus e seus discípulos, enquanto o Vaticano cercado de uma Pompa Imperial, tamanho poder político e “poder espiritual” gastava energia envolvendo-se em intrigas da corte.
Para os reformistas que consideravam a igreja dispensável e acreditavam que o Reino de Deus estaria no coração de cada um, a Igreja deu o seu recado: organizou o primeiro grande Tribunal Público Medieval contra a heresia em Orleans em 1022. Os réus? Evidentemente os reformistas que pregavam dizendo aos quatro cantos do mundo que para encontrar Deus não seria necessário um Templo de Pedras, muito menos a pompa Imperial da Igreja.
Em inúmeros Tribunais Civis e nas temidas cortes da Inquisição, a acusação era sinônimo de condenação e a condenação uma sentença de morte das mais variadas; flageladas e mutiladas pelos torturadores, a carne dilacerada e os ossos quebrados, as vítimas confessavam coisas absurdas; os que tivessem sorte seriam decapitados ou mortos de maneira relativamente mais humana antes que seus corpos fossem reduzidos a cinzas em fornos. E os azarados, queimados vivos e em fogueira de madeira verde para que a agonia se prolongasse. Os inquisidores estavam ali enquanto o fogo martirizava a vítima, e incitavam-na, piedosamente, a aceitar os ensinamentos da "Igreja" em cujo nome ela estava sendo tratada tão "delicadamente" e tão "misericordiosamente". Para que houvesse um contraste com a tortura pelo fogo, também praticavam a da água: “Amarrando as mãos e os pés do prisioneiro com uma corda trancada que lhe penetrava nas carnes e nos tendões, abriam a boca da vítima a força despejando dentro dela água até que chegasse ao ponto de sufocação ou confissão.”

Todas as imaginações bárbaras do espírito de Dante, quando descreveu o Inferno, foram incorporadas em máquinas reais que cauterizavam as carnes, esticavam os corpos e quebravam os ossos de todos aqueles que recusavam crer na "branda misericórdia" dos inquisidores. Foi uma verdadeira passagem de terror, que durou aproximadamente 300 anos ceifando a vida de milhares de inocentes que não tiveram nem a opção de lutar pela sua própria liberdade de expressão. Esse frenesi de ódio e homicídio alastrou-se como fogo em diversos lugares incendiando a vida civilizada; França, Itália, Alemanha, Espanha, Países Baixos, Inglaterra, Escócia, Áustria, Noruega, Finlândia, Suécia e por um breve período, saltaria o Atlântico inflamando até o Novo Mundo.
A seita denominada Waldenses – por causa do seu fundador, Peter Waldo, que traduzira o Novo Testamento sem autorização – foi alvo de perseguição por parte da Igreja mesmo antes de a Inquisição ter realmente começado. A Inquisição perseguiu os Waldenses, cujos pregadores itinerantes faziam votos de pobreza, por quase todos os cantos da Europa. Típico foi o destino dos adeptos que buscaram refúgio nos Alpes franceses, a inquisição cercou-os acusando-os injustamente de invocarem demônios, provocarem tempestades, comerem carne humana e envolverem-se com outros procedimentos heréticos, o pouco que se sabe, 110 mulheres e 57 homens haviam sido condenados e queimados vivos.
Quem cometesse erros na interpretação das sagradas escrituras, quem criasse uma nova seita ou aderisse a uma seita já existente, quem não aceitasse a doutrina Romana no que se refere aos sacramentos, quem tivesse opinião diferente da igreja de Roma sobre um ou vários artigos de Fé e quem duvidasse da fé Cristã, todos eram torturados barbaramente. Sorrir era proibido! O tom sério afirmou-se como a única forma de expressar a verdade e tudo que era importante e bom. O riso, por sua vez, era visto como o oposto: a expressão do que era mau (pecado). O riso foi declarado como uma emanação do diabo. O cristão deveria conservar a seriedade sempre, para demonstrar seu arrependimento e a dor que sentia na expiação dos seus pecados. É interessante notar que nas histórias infantis medievais essa articulação entre bem e seriedade, mal e riso é fortemente representada. A mocinha que é boa sofre sempre e é tristonha; a bruxa ou feiticeira que é má está sempre dando gargalhadas. Certamente que, seguindo o raciocínio moral da Idade Média, no final da história o sofrimento será recompensado e o riso castigado.
Haveria um tempo em que qualquer bispo católico, no lugar de deter-se para salvar vidas, estaria enviando centenas delas para a morte. Mas...até mesmo os clérigos não eram poupados, muitos eram acusados de envolvimentos com práticas ocultas mais elevadas, todo o costume que fugisse da tradição da Igreja era comparado a heresia. Época na qual “reinava” a ignorância, poucos eram os que sabiam ler e escrever, privilégios de alguns ricos, nobres, escalões da igreja e certamente clérigos, sendo assim um clérigo era capaz de ler os antigos livros de magia que circulavam sutilmente entre os chamados heréticos.

Mesmo nos níveis mais altos da hierarquia eclesiástica e às vezes até nos altos escalões, ninguém estava a salvo dos raios fulminantes da inquisição. Frei Guillaume Adeline era prior de um importante monastério em Saint-Germaine-em-Laye, era também renomado doutor de teologia, ele foi acusado de prática de feitiçaria. Os inquisidores alegaram que fora encontrado com ele um pacto por escrito com o demônio. Para um intelectual de seu porte, mesmo em uma situação de intensa dor e alto risco, as ofensas que foi obrigado a admitir devem ter parecido ironicamente ridículas: manter relações sexuais com um súcubo, voar montado numa vassoura, beijar o ânus de um bode. O Frei Guillaume Adeline foi queimado vivo.
A tortura e o temor distorciam a verdade, vizinhos acusavam-se mutuamente, cristãos denunciavam companheiros de religião, crianças testemunhavam contra os próprios pais, era família contra família, esposas delatavam seus maridos, camponeses voltavam-se contra seus senhores, foi um reinado de horror, no qual eram forçados a delatar uns aos outros. Numa cidade do norte da França chamada Arras, um grande centro manufatureiro, um pobre ermitão foi condenado a ser queimado como bruxo. Tentando escapar da tortura, ele prontamente denunciou uma prostituta e um velho poeta até então mais conhecido por seus poemas à Virgem Maria. Estes dois, por sua vez, acusaram outras pessoas e logo começaram as fogueiras. E a Igreja foi a principal responsável...pelas mudanças na atitude das pessoas e na política oficial que resultaram numa grande carnificina.
Os métodos para se extrair confissões não eram nada agradáveis, as pessoas não tinham benefício de um júri e também não tinham permissão de confrontar seus acusadores, aliás nem chegavam a saber a identidade de seus delatores. As confissões eram extraídas de todas as maneiras possíveis, já que nos termos da lei canônica os réus só seriam condenados mediante confissão. Um exército de torturadores trabalhava diligentemente para atingir esse objetivo. O quê certamente conseguia.

A Inquisição usava como método de obtenção de confissão a tortura e em alguns casos ao extremo, levando o torturado à morte. Segundo Enry Thomas, grande historiador norte-americano, poderia ser escrito um livro somente sobre as torturas empregadas pela inquisição, embora nada agradável: “O prisioneiro, com as mãos amarradas para trás, era levantado por uma corda que passava por uma roldana, e guindado até o alto do patíbulo ou do teto da câmara de tortura, em seguida, deixava-se cair o indivíduo e travava-se o aparelho ao chegar o seu corpo a poucas polegadas do solo. Repetia-se isso várias vezes. Os cruéis carrascos, as vezes amarravam pesos nos pés das vítimas, a fim de aumentar o choque da queda.“ “Depois havia a tortura pelo fogo. Colocavam-se os pés da vítima sobre carvão em brasa e espalhava-se por cima uma camada de graxa, a fim de que este combustível estalasse ao contato com o fogo."
De acordo com a lei, tortura só podia ser infligida uma vez, mas essa regulamentação era burlada facilmente...quando desejavam fazer repetir a tortura, mesmo depois de um intervalo de alguns dias, infringiam a lei, não alegando que fosse uma repetição, mas simplesmente uma continuação da primeira tortura....
Uma das experiências mais chocantes que podemos viver é visitar um museu que expõe os instrumentos de torturas usados na Idade Média. É como entrar numa câmara de horrores. É quase impossível acreditar que aqueles objetos eram usados para ferir as pessoas. Aliás, visitar museus que expõem instrumentos de torturas de qualquer época histórica e de qualquer região do mundo é sempre uma experiência muito dolorosa, porquê nos depara com a crueldade humana elevada a altíssima potência. São pessoas abusando de seu poder para ferir outras pessoas que não podem se defender. A tortura é a expressão máxima da covardia humana, por isso é tão doloroso lidar com esse assunto.
O Juiz Heinrich Von Schulteis de Rhineland do século XVII, considerava a tortura agradável aos olhos de Deus. Ele chegou a cortar os pés de uma mulher e despejar óleo quente nas feridas abertas. Agora...que opções tinham os réus? Pois eram torturados se necessário até a morte para confessar qualquer absurdo, e quando confessavam eram queimados vivos ou teriam a cabeça decepada entre outras formas brutais e malignas de se tirar uma vida... Quanto ao réu não saber quem o acusou e acusou-o de que, isso era extremamente interessante para a igreja, porquê dessa maneira a igreja pegava qualquer pessoa que tivesse posses e a acusava de qualquer coisa, assim sendo, a pessoa seria condenada e todos os seus bens confiscados pela “Santa Igreja”.
Falsas acusações, indulgências, pilhagens, saques tornaram a Igreja um Império Poderoso, tanto político quanto “espiritual”: o Vaticano um país dentro do território de outro país. A arrogância clerical e os abusos de uma igreja corrupta se tornavam cada vez mais insuportáveis. No início do século XIII, o próprio Papa afirmava que os seus respeitados sacerdotes eram “piores que animais refocilando-se em seu próprio excremento”. “Pescadores de dinheiro e não de almas”, com mil fraudes para esvaziar os bolsos dos pobres, assim eram descritos os bispos da época. De acordo com o legado papal na Alemanha, eles reclamavam de que o clero em sua jurisdição só sabia se refestelar de luxo e gulodice, não respeitava jejuns, fazia transações comerciais, jogava e caçava. Eram enormes as oportunidades de corrupção, até para a realização de seus deveres oficiais exigiam dinheiro, casamentos e funerais sem pagamento adiantado não existia e antes de uma doação não se realizava comunhão, até mesmo os agonizantes ficavam sem seus últimos sacramentos caso algumas moedas não tilintassem no cofre. As famosas indulgências eram simplesmente uma renda extra. Por ironia do destino, tempos depois, a igreja acusava a Ordem dos Cavaleiros Templários de toda a heresia possível, inclusive de homossexuais, mas esquecera-se que dentro da própria igreja toda essa heresia era um exemplo vivo, usurpadores, torturadores e também existiam os homossexuais. O próprio Arcebispo de Tours foi um homossexual notório que fora amante do seu antecessor e que exigiu na época que o bispado vagado de Orleans fosse concedido ao seu amante. Mas esse pequeno texto é apenas um detalhe, um livro bastante indicado é “A Inquisição” (Michael Baigent & Richard Leigh) entre outros, o que se torna bastante interessante quando comparamos.

Segundo o maior poeta lírico alemão da Idade Média (os livros alemães são importantes, mas raros e quase ninguém tem acesso), Walther Von der Vogelweide (1170-1230): “Por quanto em sono jazereis, Ó Senhor?...Vosso tesoureiro furta a riqueza que haveis armazenado. Vosso ministro rouba aqui e assassina ali, E de vossos cordeiros como pastor cuida um lobo”.
Em novembro de 1207, o Papa Inocêncio III escreveu ao Rei da França e a vários nobres do alto escalão francês, obrigando-os a suprimir os “hereges” em seus domínios pela força militar, em troca recebiam variáveis recompensas, desde absolvição de seus pecados e vícios, liberação de pagamento de todo juro sobre suas dívidas, isenção da Jurisdição dos Tribunais Seculares, além é claro de todas as vantagens explícitas ainda recebiam permissão para saquear, roubar, pilhar e expropriar propriedades. Sendo assim...surgiram batalhas uma após a outra, massacres, que segundo a Igreja eram conhecidos como “Guerra Santa” em nome de Deus, mas de um Deus que somente a igreja conhecia e se beneficiava da sua proteção. Assim teve início a Inquisição em pleno tumulto da Idade Média por um decreto papal de 1233 que oficializava a lei do Vaticano. Nos cinco séculos seguintes essa temível instituição continuaria consumindo o que ela julgava como inimigos da igreja, heréticos ou feiticeiros às centenas de milhares.
Na Provença, a inquisição varreu os Cátaros (link página principal) da face da terra, os cátaros abraçavam um extremo ascetismo e espalharam sua doutrina por boa parte do continente durante os séculos XII e XIII, eles acreditavam que o mundo físico estava impregnado pelo mal e tinha Satã como seu rei. De acordo com essa lógica, a Igreja Católica era também um instrumento do demônio e abomináveis eram todos os seus sacramentos. Muitos nobres abraçaram a sua fé, arrebanharam um número enorme de seguidores no sul da França, seus adeptos tornaram-se conhecidos como Albigenses (Albi – Provença). A sua importância crescente tornou-se um insulto intolerável para o poderio da Igreja Católica, então a igreja decidiu apelar para a força... E logo estendeu seu braço para outras partes da França, depois da Itália e da Alemanha. Na Espanha foi estabelecida sua própria inquisição, utilizando os mesmo métodos brutais para perseguir mouros, judeus, heréticos e qualquer grupo suspeito de prática de feitiçaria. Assim teve início a verdadeira “arte de matar”, onde o palco era a fogueira, os acessórios eram os instrumentos de torturas e os figurantes eram o povo suprimido que não tinham a quem recorrer ou pedir proteção, porquê o Deus que até então tinham conhecimento era o mesmo Deus que a Igreja utilizava-se para comandar a “Guerra Santa”. Quando a carnificina atingiu o auge nos domínios germânicos, em meados de 1600, povoados inteiros eram dizimados de uma só vez. Segundo alguns relatos, o inquisidor da Saxônia, Benedict Carpzov assinou pessoalmente nada mais nada menos do que 20 mil penas de morte. Contudo, grande parte dos documentos desses tribunais se perdeu e o número verdadeiro de todos esses assassinatos jurídicos nunca será revelado. De qualquer modo, tratou-se de uma experiência sombria, horrível e vergonhosa para a civilização e para o cristianismo

No fim de dar a matéria fecho o livro. –Eu sei que a matéria não é fácil, mas acreditem, só vai piorar. – Os alunos começam a queixarem-se, e eu coloco a minha voz mais fria e dirijo-me aos alunos. – Vocês estão aqui para aprenderem e não para se queixarem…Quem não está satisfeito que saia, mas tenham consiencia que eu não vos dar a papinha toda feita, por isso peguem no vosso material e criam grupos de três, façam a vossa apresentação individual e depois criem um resumo da matéria que foi dada. No fim digam a vossa opinião sobre a inquisição, esta parte é para fazer individual. Comecem. -Dirijo-me para a secretária e antes de me sentar digo: - Têm até ao final da aula para me entregarem isso. Não se esqueçam que conta para a nota, por isso esforcem-se. – Dito isto sento-me na cadeira e fico a ver os alunos a escreverem no pergaminho. Passando um tempo dá o toque de saída. – Deixem o vosso trabalho em cima da secretária e podem sair. - Os alunos fazem o que lhes pedi e quando na sala só resto eu, arrumo os pergaminhos na pasta e saio para ir almoçar.
Cristopher Heart
Cristopher Heart
Fantasma

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1ª Aula de História da Magia Empty Re: 1ª Aula de História da Magia

Mensagem por Olivia Lefevre Ter 21 maio 2013, 02:06

Crying or Very sad
Meu retorno
Tagged: Everybody Wearing:This! Notes: de volta a rotina

De volta a rotina. Este ano ia ser diferente. Eu estava diferente, também depois de tudo o que passei nos últimos meses eu me sentia realmente mais velha. Resolvi não ficar morando de fato com o tio Peter, até porque eu tinha direito a ficar como aluna interna e a me hospedar em um dos dormitórios da ravenclaw. Acordei bem mais cedo do que de costume e levei meu malão ao dormitório, guardei minhas coisas e depois desci ao salão principal. Não tive estômago pra comer muita coisa... Há uma ou duas semanas após o fim da guerra que eu estava assim. Mortos e feridos ao meu redor... Nunca vou esquecer aquela cena.

O cheiro de morte ainda percorria minhas narinas por mais que eu tentasse esquecer. E lá estava eu. De volta aquele ambiente de guerra. Tudo já estava mudado e nem parecia que tinha sido palco de tantas batalhas.

Cheguei na sala um bocado séria. Prendi os cabelos em rabo de cavalo pra que não me caíssem na cara. Em duas semanas eu voltaria a trabalhar como modelo no estúdio de fotografia. A profissão de modelo já não me agradava mais como antes. Acho que o fato de eu ter cuidado dos feridos da batalha me fez ver que talvez eu tivesse algum dom para a enfermagem. Acho que todos aprendemos algo naquele dia, algo que não se aprende propriamente na escola, algo que só se aprende com a vida.

Depois do fim da guerra não sonhei mais. Apenas dormi, era estranho pra mim. Acho que a experiencia que tive estava me mudando, mas creio que já disse isso.

Na sala de aula, mesmo rodeada de pessoas eu me sentia sozinha. Solitária. Da mesma forma que me senti após o acidente dos meus pais, mas daquela vez eu tinha minha irmã. A Lotti era uma maluquinha que sempre me fazia rir, pena que mais uma vez ela repetiu de ano. Já na sala de aula, o professor parecia feliz e agia como se nada tivesse acontecido. Quem se importava com a idade dele ou de onde era? Eu é que não.

Fomos todos para a floresta, a aula seria lá. Aquele lugar me dava arrepios, e ficava só a pensar em quem teria morrido ali. Quando nos mandou treinar o feitiço fui uma das primeiras a tentar.

A aula de feitiços foi boa, não tive problemas, no caminho para a sala de história da magia fui comendo uma maçã e assim que cheguei na sala joguei o talinho na lixeira. Mal entrei na sala e o careca chegou, digo... O professor de história.

Não consegui prestar muito atenção na aula. Era muito longa e chata. Fiz umas marcações com marca-texto e umas poucas anotações.

-Aula chata... #sono- Dizia eu a mim mesma. O pior é que depois de toda essa oratória ainda tinha trabalho a fazer. Me juntei a Eliana Potter e ao León Bauer, ou Zeca como ele gostava de ser chamado. Aquele trabalho era por demais chato. discutimos um pouco sobre o assunto e logo começamos a escrever. Depois deixei minha redação na mesa do professor e fui embora.




Inquisição

"A arte de matar"

Não é segredo pra ninguém que atualmente a Igreja Católica é uma das Instituições mais ricas do mundo e a mais rica do Ocidente. Entretanto, ela vem perdendo o poder.

Isso se deve ao seu passado e ao fato das pessoas se tornarem menos leigas com o passar dos séculos. Na Idade Média, a Igreja (aqui com essa designação devido ao fato de ainda não ter ocorrido a Reforma Protestante e como consequência a divisão da Igreja em várias), foi capaz de cometer atos que elas próprias julgavam ser pecados, no entanto como eram feitos por membros da Instituição, eram vistos como algo purificador, pois segundo eles era por uma causa maior. Era em nome de Deus. Em virtude disto, estupraram,tiveram relações homosexuais (condenável na época), torturaram, matavam e até fizeram pessoas acusarem umas as outras numa tentativa de escapar da "purificação do pecado".

Hoje, instrumentos de tortura medieval estão expostos em museus. Desta forma, qualquer um pode ver até onde vai a crueldade humana em nome de um Deus. Por trás disto esteve a verdadeira face da Igreja. Uma Instituição gananciosa, imoral e perversa.

Eu sinceramente não creio no Deus deles. Um Deus que se satisfaz com a desgraça e a dor dos humanos. Um Deus que quer manter todos em trevas. Olhando por esse ângulo ele se assemelha ao Lord das Trevas ou Aquele-que-não-se-deve-nomear. O gozado é que até nisso se parecem. Quem é que sabe o verdadeiro nome do "nosso Deus"? Ninguém, eu respondo. Há uma passagem na bíblia sagrada em que diz: "Enquanto dois ou mais falarem em meu nome, eu estarei presente." Alguém se lembra que durante muito tempo, se falássemos "Lord Voldemort" era considerado TABU?

Para mim, Deus é justo e salvador. Este em que a Igreja cisma em pintar é um falso Deus.


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Olivia Lefevre
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